sábado, 28 de agosto de 2010

DANDO RUMO E VIDA AO PSOL

No Manifesto é apresentado intuitivamente uma ligação entre o PSOL e Jesus. Por conta teológica, mais precisamente que por imagens teológicas. O PSOL tem o símbolo do sol da justiça de Malaquias. O PSOL aspira realizar o que é dito será realizado pelo Sol da Justiça em sua vinda, trazendo cura em suas asas.

Mas, eis que agora o Peregrino Gerson recebeu revelação que confirma cientificamente que Jesus se acha em potência no PSOL. Como um ovo que trás em potência o pinto e que é preciso todo um fogo dialético para que ele se desvele, seja mesmo construído, criado.

O PSOL seria um ovo que trás em oculto Jesus? Mas que precisaria todo um trabalho dialético para que Jesus cresça nele e rompa a sua casca, nascendo?

Sim. Pelo simples fato do termo liberdade ter sido agregado ao termo igualdade. O termo igualdade desligado do termo liberdade é ausência total de Jesus, bem como o seu contrário.

Mas, para o militante do PSOL está agregação não importou em mudanças senão que representou segurança e blindagem PARA AS MESMAS PRÁTICAS. Destarte, uma palavra que foi inserida ali por conta da pressão externa. O que foi dito, de modo que se faz necessário todo um trabalho dialético para que Jesus cresça nele e rompa a sua casca, nascendo. Todo um trabalho dialético para que esta agregação de fato traga mudança de fundo. É preciso Jesus crescer no PSOL. Logicamente que este crescimento levará à superação do PSOL, como o crescimento do pinto leva à superação do ovo. Assim sendo, o PSOL seria então o ovo do Reino.

Como explicar isto, de forma compreensível, inteligível?

Ora, o termo liberdade sendo agregado ao termo igualdade trás profundas mudanças. A liberdade agregada impede que se destrua o capitalismo e a burguesia. Terão de ser superados DENTRO DA LIBERDADE. Assim, pois, estas profundas mudanças, DIZ RESPEITO AO EXTERNO, e não ao interno, como candidamente pensa o militante do PSOL, porque ainda é um neófito no conceito de liberdade.

Ora, uma vez que a interlocução do conceito de liberdade se dá com o externo, então não há mais espaço para o marxismo. Se espaço há, todavia foi drasticamente reduzido. Porque se você está impedido de destruir o capitalismo e a burguesia, todavia está escrito o seu fim, então este fim terá de ser conseguido, não mais, porém, pelos mecanismos da luta de classe, mas pelos mecanismos da luta DE EDUCAÇÃO DE
CLASSE. O capitalismo e o burguês serão superados porque serão, pois, educado,
sendo esta a conseqüência do agregamento do termo liberdade ao termo igualdade. (Certamente que o militante do PSOL está estranhando essa troca, de imediato achando uma negação de si: é que é neófito no conceito de liberdade. Não atingiu ainda o ponto de fusão do conceito, quando o conceito adquire nova qualidade, o metafísico no lugar do positivismo).

Ora, logicamente que existe duas liberdades, a com l minúsculo (positivista) e a com L maiúsculo (metafísica). A que liberdade o PSOL aspira, se acha de posse? A suspeita é de que a liberdade de que aspira e está na sua posse seja a com liberdade com l minúsculo. A liberdade com l minúsculo trabalha com a visão de mostrar para os trabalhadores a sua superioridade sobre a burguesia, quantitativamente, e qualitativamente, ao mostrar que todas as coisas produzidas pelos trabalhadores também foram idealizadas por eles. Os burgueses pagam por esta idealização, como é feito pagamento para um engenheiro que bola um novo veículo, e etc.

Então os trabalhadores, fazendo uso da liberdade, votam no Partido seu defensor, no caso o PSOL. E uma vez que conquistou o poder dentro da democracia então o PSOL, com o poder na mão, diz para a burguesia: o que manda na nação são as leis elaboradas soberanamente pelas instituições democráticas, e elas nos confere agir de acordo nosso estatuto. Portanto a partir de hoje vocês não mais existem, a nação não mais precisa de vocês, porque foi decido POR MAIORIA que todas as empresas vossas serão estatizadas, passarão para o controle do estado operário.

Mas aí se esbarra em uma contradição: o PSOL não é um partido, mas um ovo. Um Partido-ovo. E este ovo está fecundado de Jesus. Mas Jesus não porta a liberdade com l minúsculo senão a liberdade com L maiúsculo. Hoje as ações e decisões são determinadas pela liberdade com l minúsculo, mas, se potencialmente ela carrega a possibilidade de ser transmudada na liberdade com L maiúsculo, a certeza mesmo, pois é um processo inserido no biológico, não será, pois, um novo tempo sobre si?

Então o quadro hoje é este, dum lado Jesus, do outro o PSOL, em oposição.

Como foi dito, por conta do biológico, ora, é certo que Jesus IRÁ CRESCER NO PSOL, em cada um dos seus militantes. E isto significa o que? Que mais e mais a liberdade com L maiúsculo irá expulsar para fora do PSOL a liberdade com l minúsculo.

E isto trás profundas mudanças. Se no PSOL liberdade com l minúsculo a luta de classe continuou, embora agora de forma mitigada, educada, respeitando e dentro das regras estabelecidas – ao contrário, portanto, da sua explicitude no marxismo – ora, ao ter incorporado em si a liberdade com L maiúsculo a luta de classe literalmente desapareceu para dar lugar a uma nova luta, Educação de Classe. O burguês será cada vez mais educado, e na medida do seu desenvolvimento então irão surgindo mudanças nas instituições de poder, cada vez mais sendo despotencializado de si a opressão.

Mas, o que difere a liberdade com L maiúsculo da liberdade com l minúsculo é que o conteúdo da liberdade com L maiúsculo é o amor, ao passo que o conteúdo da liberdade com l minúsculo é a sua ausência. Como o amor é o evangelho, isto significa dizer que os termos liberdade e igualdade se convertem nos termos Educação e Evangelho. Os termos enquanto verde é igualdade e liberdade, mas quando amadurecem então se manifestam em nova figura de espírito.

Então este segundo PSOL que emerge já é a construção do socialismo na ética e no amor evangélico. Já não nutre mais ódio e sentimento de vingança para com o burguês senão que se move em sentimentos de amor para com ele. Tem uma compreensão absoluta da História, dos seus sujeitos históricos, do papel que cada um desempenhou ao longo dos tempos. O capitalismo foi um momento necessário no processo, e por causa do estágio verde do espírito, fatalmente engendraria a família dos opressores. E essa compreensão, e saber que o espírito coletivo verde se encaminha para a sua existência madura, adulta, então o mesmo amor que tem para os oprimidos é agora o mesmo amor que tem para os opressores, pois que, se na vigência da liberdade com l minúsculo não se fazia separação entre o opressor e a opressão, consubstanciais, inseparáveis, de modo que o opressor existia por causa da opressão e a opressão existia por causa do opressor, agora, que o conceito de liberdade cresceu e encontrou seu ponto de fusão, emergindo na nova qualidade metafísica, já é feito separação. O reagente Evangelho os separou. E começa a trabalhar o homem burguês, que pouco a pouco vai percebendo em si esta separação. E a presença ativa do Evangelho nele começa a fazer com que ele mesmo trabalhe a superação do capitalismo. A mudança operada no seu ser por conta do Evangelho leva-o a querer a superação do capitalismo.

E isto leva a que? Primeiro, que os cristãos entrem e façam militância no PSOL. Lado a lado com os marxistas tradicionais. Lado a lado a liberdade com l minúsculo e a liberdade com L maiúsculo. Mas pouco a pouco o Cristo neles irá se passando para eles, o pinto crescendo no ovo, até que Jesus nasça totalmente neles. É este o momento em que o Absoluto decidiu chocar os ovos do PSOL, pôr em crescimento neles o Cristo oculto.

Segundo, que as lideranças do PSOL meditem nisto. E certamente que haverá os que meditarão. Muitos já carregam no seu ser a liberdade com L maiúsculo. Já palpita o seu nascimento em muitos. Na eleição passada quando Heloisa Helena disse que plano de partido era uma coisa e plano de governo outra já era a liberdade com L maiúsculo palpitando o seu nascimento, e a gritaria contrária a gritaria da liberdade com l minúsculo. O plano de partido tudo pode, porque é a fertilidade da mente e do coração, mas o plano de governo é na sua relação com a sociedade e com os poderes estabelecidos; é centro de forças se medindo com centros de forças, e é preciso sabedoria para atravessar este campo minado.

Então o Reino nasce a partir dos marxistas, os educando para que eles superem a burguesia PELA MESMA EDUCAÇÃO que os transformou. O Cristo passa a morar neles e deles a morar na burguesia, que quando o Cristo estiver em si em plenitude é porque já não mais é. Já não há mais explorados e nem exploradores senão uma única família, que trabalha e produzem todas as riquezas, e cada qual usufrui segundo as suas necessidades. Não as necessidades de um espírito enfermo que nada o satisfaz e tudo quer devorar, mas de um espírito totalmente espiritualizado, austero, comedido, que quer para si apenas o necessário. Um espírito que é fruto, pois, do casamento da Liberdade com L maiúsculo com a igualdade com I Maiúsculo.

Concluindo, então teria sido plano divino que o PSOL tivesse avançado para este novo e para este símbolo? A divindade o criou fecundando nele o Sol da Justiça, que é o Cristo da cruz? Destinavam-se ao Cristo da cruz porque tudo se destina a ele? Porque tudo se destina aos mansos que herdariam a terra, mansos estes que são os trabalhadores, e que nasceram dele? Os dois sois do Nando Reis cantado pela Cássia Eller, que foi lá fora e viu dois sois num dia, e a vida que ardia sem explicação, são mesmo o Sol da Justiça do profeta Malaquias e o PSOL? Em uma só unidade? OPSOL sendo o instrumento com o qual o Sol da Justiça chega trazendo cura em suas asas, não só para o Brasil, mas para a terra inteira, nas imagens amplificadas de Mateus, fazendo os justos brilhar tão claramente? (Naquele tempo, os justos brilharão tão claramente como o sol, no reino de seu Pai. Escute aquele que tem ouvidos, Mateus 13.43).

Parafraseando Lênin, que fazer? Se o PSOL trás oculto Jesus, embora os adversários do Reino irão negar, como negam tudo que vem de Deus, então a militância do PSOL tem de se encher de fé e esperança. E não temer nada. Mesmo que Plínio esteja lá embaixo na preferência popular, e já se diz que a eleição não terá segundo turno. Se o PSOL é realmente criação de Deus, e os indícios abundam, já saiu do ventre do PT, carregando a missão de superá-lo, para além da religiosidade judaica das Cebs e do agnosticismo marxista, agora também uma penetração na religiosidade cristã, a levantar por dentro as imensas massas pentecostais, estas sim portadoras da força e da disposição da luta?

Mais uma vez, parafraseando Lênin, que fazer? O caminho é um só, que a militância que se identificou com as propostas então ler o trabalho O FOGO DE DEUS EM ARAÇATUBA e rumar para esta cidade. E se juntar ao Edson Maciel – candidato a Federal e a ajudá-lo. Chegar em Araçatuba como quem vai acender um fogão de lenha. Queimando um graveto e com a sua chama ficar aquecendo a lenha, aquecendo, aquecendo, até que de repente se levanta uma grande labareda. Esta labareda é o acordar e o levantamento das grandes massas para o lado do Velhinho. E, porque tal é o relâmpago que é dito brilharia instantaneamente duma parte dos céus a sua outra parte, então o fogo de Deus em Araçatuba se expandindo na velocidade do relâmpago para todas as cidades do Brasil. E uma reviravolta acontecendo, com os últimos sendo os primeiros e os primeiros, últimos.

Destarte, os que leram o MANIFESTO ‘A ERA DE JESUS’ então rumarem para Araçatuba e ali montar o centro nacional. No lugar onde está o fogo de Deus. Por certo que no dia 12 de Outubro do ano de 2010 a Terra parará para presenciar um grande espetáculo: uma multidão imensa, incalculável, nas avenidas de Presidente Prudente, no lugar em que no apagar das luzes Ronaldo fez o gol que o reviveu, rumando para o Parque do Povo. Uma multidão incalculável, de católicos e de evangélicos, como foi o sonho narrado pela jovem Joseane no ano de 2003, na igreja pastoreada pelo pastor Luis Baldez, rumando na direção do Parque do Povo a se postar diante do grande palanque, que disse a jovem no sonho estava ocupado dos ministros da Palavra de Deus, padres e pastores. E a multidão ocupa a suas avenidas, batendo os seus tambores, agitando as suas bandeiras e cantando os mais belos cânticos, CORAÇÃO DE ESTUDANTE, ROSA DE HIROSHIMA, PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES, ÁGUIA PEQUENA, QUÃO GRANDE ÉS TU, CASTELO FORTE, ORAÇÃO DA FAMÍLIA... E passa o caminhão levando os escolhidos de Deus, a começar na terra, a partir do Brasil, o governo de seu filho Jesus... E na frente de todos vão três jovens, um luterano e outra da Assembléia de Deus, e entre os dois um católico, da cidade de Santo Anastácio, os jovens com as mãos empurrando um carrinho que leva no seu dorso um grande livro aberto. E numa aba a inscrição: Liberdade com L maiúsculo, e na outra aba a inscrição: Igualdade com I maiúsculo. Sim, numa aba a inscrição: EDUCAÇÃO, e na outra aba a inscrição: EVANGELHO, que quer dizer, numa aba, AMAI A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, e na outra aba, AMAI AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO.

E os três jovens seguem pelas suas avenidas empurrando com as mãos o carrinho, e à sua direita e à sua esquerda, seis passos atrás, então seguem dois jovens montados em cavalos brancos. E no ombro levam uma bandeira seguindo pelas suas avenidas, com as bandeiras nos seus ombros não parando de girar e de exibir as suas figuras, face e face, no cavaleiro que vai à sua esquerda as faces de João XXIII e de John Wesley e no cavaleiro que vai à sua direita as faces de Che Guevara e de Francisco de Assis.

E seguem pelas suas avenidas, no cumprimento do grande sonho profético da jovem da igreja Nova Jerusalém que ela narrou na igreja Obras do Espírito... Obras do Espírito Santo... E atrás vem o caminhão trazendo os escolhidos de Deus, que ele elegeu, escolheu e preparou, e no meio deles, no seu centro, acenando para as multidões que não cansam de acenar para ele as suas bandeiras e as suas esperanças, o Velhinho, sim, aquela que obediente à lógica de marqueteiros e que se negou a comparecer ao Debate promovido pelas emissoras católicas, há de saber com quantos paus se faz uma canoa e qual o real sabor do fel.

E entram no Parque do Povo e vão se postar diante do grande palanque visto em sonho pela jovem Joseane, ocupado pelos ministros da Palavra de Deus. E abre-se a Arca do Pacto e de dentro dela são tirados as duas tábuas da lei, e o jarro com o maná, e o bastão florescido de Arão. E o jarro com o maná e o bastão florescido de Arão são postos nas mãos do Justo Juiz. Um em cada mão. Na palma da sua mão direita o jarro com o maná e na palma da sua mão esquerda o bastão florescido de Arão. Mas as duas tábuas da lei permanecem na mão do assistente. E o Justo Juiz com o jarro com o maná em na palma de sua mão direita e com o bastão florescido de Arão na palma de sua mão esquerda corre de um lado a outro do palanque, olhando a multidão que ocupa toda a extensão do Parque do Povo e as suas proximidades. E de repente ele diz: os marxistas e os da Teologia da Libertação à minha direita, e os evangélicos e os carismáticos à minha esquerda. E a multidão começa a se separar. Por fim dum lado ficam carismáticos e evangélicos e do outro, marxistas e teologia da libertação, separados por um corredor de trinta metros.

Olhando para fileira e fileira, correndo os olhos para as duas fileiras, e todos apreensivos, não tanto apreensivos os que estão à sua direita, por causa da profecia, então de repente o Justo Juiz se dirige aos que estão à sua esquerda e diz para os marxistas e a Teologia da Libertação: Vós sois os reis que haveriam de reinar os mil anos e a eternidade sem fim com o Cristo. Herdai o reino vos preparado desde a fundação do mundo, e recebeis a recompensa por teres me dado de comer, de beber, de vestir, me recebido hospitaleiramente quando era estrangeiro no meio de vós, e me ter visitado na prisão. Então toma o vaso com o maná em sua mão direita, cintilando o brilho das pedras preciosas, que há na coroa régia, e o coloca na mão dos filhos de Marx e nas mãos dos filhos de João XXIII, lhes dizendo: entrem no gozo do seu Senhor e na gerência do seu reino. E quando se abaixa e vai colocar o jarro com o maná na sua mão então o assistente com as duas tábuas na mão corre e diz para eles, como quem chama os noivos para a foto: recebam o vaso com o maná, mas olhando para as duas tábuas em minha mão, de cujo ventre saiu, e fazendo juramento com a mente e o coração. E eles recebem o vaso com o maná em sua mão olhando para as duas tábuas na mão do assistente.

Em seguida o Justo Juiz, com o bastão florescido de Arão na palma de sua mão esquerda se dirige para a fileira onde se acham os evangélicos e os carismáticos. E o pavor caiu sobre eles. Pois, deveras, começam a dizer entre si: por certo que vai quebrar o bastão florescido de Arão em nossa cabeça, e a cabeça que escapar dos seus golpes serão alcançadas pelos golpes das duas tábuas na mão do assistente (porque temiam pelas suas vidas por causa da profecia, todavia concebida distante da escatologia, quando tudo se achava sob domínio absoluto do teológico). E o Justo Juiz se dirige a eles, e lhes diz, então: Vós sois os sacerdotes que haveriam de reinar os mil anos e a eternidade sem fim com o Cristo. Herdai o reino vos preparado desde a fundação do mundo, e recebeis a recompensa por teres me dado o alimento, e a bebida e a veste, espirituais, e por teres me dado o asilo espiritual e por teres me visitado em minha prisão espiritual e teres deixado ali um consolo e uma esperança. Então toma o bastão florescido de Arão, com os seus botões e as suas flores, e as suas amêndoas maduras, cintilando o brilho das pedras preciosas, que há na coroa régia, e coloca-o em sua mão, sim, nas mãos dos evangélicos e dos carismáticos, lhes dizendo: entrem no gozo de seu Senhor e na gerência do seu reino. E quando se abaixa e vai colocar o bastão florescido de Arão na sua mão então o assistente os chama a receber o bastão, mas olhando para as duas tábuas em sua mão e jurando com a mente e o coração.

E quando estas coisas acabam de acontecer, e o Justo Juiz volta para o seu lugar, e se senta, eis que mãos bondosas vêm trazendo um casal de velhinhos. E eles caminham encurvados, cabelos brancos, muitas rugas, bem devagar, mal mudando os passos. E vão seguindo assim pelo corredor que havia entre as duas fileiras. E passando, eis que da fileira dos marxistas e da Teologia da Libertação, alguém ali que tinha a liberdade com l minúsculo, grita, apontando com o dedo para o velhinho e irado: Eia! Não é este velho que na sua mocidade nos oprimiu, e que nunca retirou o chicote de cima de nós? E quando ele dizia estas coisas na fileira dos evangélicos e dos carismáticos alguém notou algo diferente na velhinha ao seu lado: Eia! Não é esta velha que na sua mocidade nos fez dobrar o joelho, e que quando não fazíamos voltava contra nós o açoite? E aqueles que ainda não tinham recebido a liberdade com L maiúsculo e aqueles que não tinham recebido a igualdade com I maiúsculo falavam estas coisas e entre eles havia alvoroço e animosidade. Por fim se calaram, porque disseram entre si: por certo que estão sendo levados à presença do Justo Juiz para ouvirem a sua sentença: ó obreiros da iniqüidade, apartai-vos de mim, pois eu nunca vos conheci! E se consolavam com estas palavras.

E finalmente o casal de velhinho é levado à presença do Justo Juiz. E ele os beija ternamente e colocando a sua mão direita sobre o ombro do velhinho e a sua esquerda sobre o ombro da velhinha então se dirige à multidão no Parque do Povo em Presidente Prudente: eis aqui o vosso pai e a vossa mãe. E quando estiverem construindo a vossa casa grande, espaçosa, reservai no fundo um cantinho para eles. E ali os coloquei. E todos os dias levem a eles o alimento. E quando morrerem e forem sepultados então escrevei em sua campa, por cima, em letra dourado, que nunca se apagará: aqui jaz o meu pai e a minha mãe. Descansem em paz. Do teu filho e da tua filha, que não os esquecerá jamais, mas que aonde for os carregará consigo.

E neste momento caem todos os muros de Jericó, rente ao chão, já não mais havendo nem a liberdade com l minúsculo e nem a igualdade com i minúsculo, porque todos cresceram, amadureceram, se tornando à imagem e semelhança Daquele que os deu.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

MANIFESTO “A ERA DE JESUS”

MANIFESTO “A ERA DE JESUS”

Na primeira metade do século passado ocorreu um acontecimento no mundo da Teologia que entrou para a História como “virada antropológica”. De repente os teólogos foram acordados para a dimensão antropológica ocultada em sua fé. Conservando o discurso sobre Deus ao seu lado também agregaram um discurso sobre o homem e a sociedade.

Foi assim, de repente, sem que alguém esperasse ou soubesse, e eis o sopro renovador do Espírito levantando uma geração inteira de teólogos, para que se despisse das vestes tradicionais da Teologia e saísse às ruas para proclamar a chegada da era de Jesus. A era de Jesus, que na teologia tradicional começara no momento em que o Cristianismo deixou a ilegalidade e foi elevado à condição de religião de e do Estado, Constantino, sim, no seu triunfo definitivo sobre o paganismo, Teodósio, contudo aguardando consumação na escatologia, a verdade pura e simples dos fatos é que era agora que ela estava se inaugurando, sendo este, e não aquele, o início da caminhada do Milênio, em que os reinos do mundo iriam se tornar em reinos de nosso Senhor e do seu Cristo, como são as imagens de Apocalipse 11.15-18, confirmadoras e consumadoras das imagens de Daniel 2.35; 44.

Tendo o fogo do Espírito principiado pelo católico Carl Rahner e pelo protestante Rudolfo Bultmann, logo o seu sopro renovador contagiava a todos de boas novas. De tal modo que mal o dia raiava e eis uma infinidade de teólogos, Chenu, Bispo Robinson, Mounier, aprontando as suas pastas e as suas apostilas para irem a algum lugar e ali fazer a solene proclamação da chegada da era de Jesus. Mais do que isto, chamar o povo para que se engajasse na sua construção.

Porque era o sopro renovador do Espírito, preparando a casa para a chegada do Noivo, para o “ide ao encontro do Noivo!” encontramos por esses dias Ignácio de Castro dando por encerradas as revoluções, liberal e marxista, e proclamando a chegada do novo tempo da revolução cristã. Nas suas pegadas eis Bardiaev anunciando graciosamente que o tempo que avançava agora era o da Idade do Espírito. Até mesmo o sisudo Jacques Maritain, nada propenso a lirismo, se rendia e entrava também na corrente, proclamando o Cristianismo como “humanismo Integral”.

É verdade, o Espírito soprava em todas as direções e contagiava a todos, e as boas novas subiam de temperatura em todos, mas em ninguém subiu mais do que em Teilhard de Chardin, tendo este jesuíta enxergado para além dos horizontes desta nova teologia. O momento mesmo da Parúsia. A tal ponto que disse ter visto a sua fagulha, uma única fagulha, como ele mesmo disse, incendiando e instantaneamente alumiando toda a terra, com tudo se transfigurando e tudo ficando claro.

Destarte, porque era o Espírito soprando boas novas, e o Espírito quando age revolve os profundos, trazendo para a superfície os sedentos de justiça e paz, divisando no horizonte próximo a chegada da libertação, ora, foram estes os dias das grandes multidões, acordadas e arrastadas pelas pregações de Billy Graham e de Padre Peyton, ao redor do mundo, em todos os continentes, enchendo igrejas, estádios e logradouros públicos.

Mas, como a era de Jesus não chegava, e os trabalhadores, ignorando por completo a nova esperança que então pulsava na mente e no coração desta nova geração de teólogos, aderiam cada vez mais ao poder soviético e aos partidos comunistas, que não paravam de crescer e de se consolidar, a verdade é que muitos começaram a esfriar e a perder o ânimo dos primeiros dias, achando mesmo que a era de Jesus fora apenas um sonho coletivo que tiveram. E quando o Espírito se foi, silenciaram. E nunca mais se ouviu falar nos teólogos humanistas.

Passado tempo, algum tempo depois, não muito tempo, eis que o fogo do Espírito novamente reacende e chega balbuciando as mesmas palavras de esperança. E agora com uma chama muitíssimo maior. De fato, numa perspectiva totalmente nova e avassaladora.

Se a teologia de Carl Rahner e Rudolfo Bultmann rompeu com toda a teologia tradicional, contudo manteve com ela uma porta de diálogo, no que diz respeito a essa nova teologia ela se apresenta com uma radicalidade tal que não somente vai fechar toda e qualquer porta de diálogo com a teologia tradicional como vai também cortar os laços teológicos e antropológicos com a Teologia Humanista. Quer proclamar não só o fim da teologia tradicional como até mesmo desta teologia imediatamente anterior. Se a Teologia Humanista representou virada antropológica em relação à teologia tradicional, esta nova teologia que agora surge vai representar em relação à Teologia Humanista virada sociológica. Virada antropológica, certamente, mas, sobretudo, virada sociológica, o seu diferencial maior. Destarte, os seus amigos e companheiros de caminhada agora são outros, inteiramente outros, novos, que a História cuidara em produzir.

Estamos falando da Teologia da Libertação, que a exemplo da precedente Teologia Humanista, esta também nasceu simultaneamente entre católicos e protestantes.

De fato, tendo por primeiro pousado sua luz no presbiteriano Richard Shaull e no católico Johann Baptist Metz, logo o seu fogo depurador e renovador se espalhou para a terra inteira, contagiando de boas novas uma geração inteira de teólogos, que não amaram a sua alma nem mesmo ao encarar a morte (Apocalipse 12.11), pois, deveras, ao contrário daquela geração de teólogos da Teologia Humanista cujas palavras eram como mel nos lábios (por isso não se conhece mártir entre eles), ora, esta, diferentemente, enfrenta os poderes estabelecidos da terra e denúncia profeticamente as suas instituições como injustas e geradoras de iniquidades. Literalmente enfrenta o Dragão e os seus anjos, e luta e batalha contra eles. Carl Barth, Harvey Cox, Gustavo Gutierrez, Rubem Alves, José Comblin, Jon Sobrinho, Helder Câmara, Reverendo Jaime Wrihgt, Leonardo e Clodovis Boff, frei Beto, eis alguns dos seus nomes, baluartes de Javé, quando ele enviava seus anjos a fim de preparar a Humanidade para a travessia do seu Rio Jordão espiritual, ela que havia feito a travessia do seu Mar Vermelho espiritual nas gloriosas jornadas da Revolução do 25 de Outubro, no seu triunfo sobre as forças imperialistas que foram derrotadas em território revolucionário.

Apesar de que nasceu simultaneamente entre católicos e evangélicos, pela sua natureza ontológica, e a pista pelo lado evangélico estar ocupada e congestionada pelo tráfego pentecostal, a verdade é que a Teologia da Libertação cresceu mais e frutificou mais entre os católicos, não tendo logrado o mesmo sucesso entre o povo evangélico. Exemplo disto, entre nós, são as Cebs católicas, que criou ramificação em todo o Brasil, a tal ponto que onde houvesse uma paróquia eis ali germinando um núcleo da Teologia da Libertação, não sendo, pois, o caso de sua irmã congênere, o MEP (Movimento Evangélico Progressista), que não somente nasceu tardiamente como tem tido dificuldade para penetrar e influenciar politicamente o povo evangélico.

Quão diferente foi a Era de Jesus na Teologia Humanista e na Teologia da Libertação! Quão diferentes foram os seus discursos!

De fato, enquanto a virada antropológica da Teologia Humanista foi em direção ao homem genérico, abstrato, abstraído de sua dignidade pelo pecado, e a Polis a que se dirigiram foi a do homem burguês, não entrando em suas análises sociais e econômicas as agudas contradições da sociedade burguesa, senão que perifericamente, ora, no que diz respeito à Teologia da Libertação a sua virada antropológica foi em direção ao homem concreto, composto de opressores e de oprimidos, situando o lugar de cada no contexto social, e as razões da separação em classes. E a Polis a que destinou seus discursos e suas ações foram às favelas, que nasceram e proliferaram pelos grandes centros urbanos como resultado do abandono a que fora submetido os trabalhadores pelos poderes estabelecidos, que os via e os tratava nem um pouco diferente da forma que Faraó, o novo Faraó que se levantara sobre o Egito e que não conhecia José, tratou os hebreus. (Os Hebreus, tratados como escravos viviam apartados, na terra de Gózen: a terra de Gózen teria sido arquétipo das modernas favelas? E o povo da favela, atraído para os nascentes centros industriais com a promessa de vida melhor, fugindo da miséria no campo, o novo povo de Deus, aguardando a sua libertação, que só pode estar no socialismo? Logicamente que agora num novo socialismo, que tenha igualdade, mas também liberdade, que porte a libertação contra a opressão material do Egito mas também a libertação contra a opressão espiritual de Sodoma.

Prosseguindo. Bem, se a Teologia Humanista se apresentou abertamente em oposição ao marxismo e pretendeu criar uma “pátria celestial” a tomar o lugar da Pátria do Socialismo, e isto fez dela a que não raro fosse instrumentalizada pela ideologia imperialista de domínio absoluto, posta a serviço na sua luta contra o comunismo mundial, o caso do padre Peyton no Brasil cujas multidões que levantou aqui foram instrumentalizadas pelo clero e militares golpistas, ora, no que diz respeito à Teologia da Libertação o seu itinerário foi completamente diverso. Vai se aproximar dos marxistas e então tê-los como companheiros de caminhada. De fato, embora tenha rejeitado a sua filosofia, a religião deixa de ser ópio para ser fermento libertador, e os homens que fazem a história libertadora o são por desígnio divino, os seus avatares, portanto já um resgate de Deus como condutor da História, todavia vai fazer uso do seu instrumental de análise social e de história, para melhor compreender os mecanismos que alimentam a opressão e o sofrimento do povo pobre, de modo a ter meios eficazes para enfrentar toda a sua problemática social e mandar para o ralo as suas agudas contradições. Claramente um ser anfíbio.

É verdade, se a Teologia Humanista teve os seus momentos de picos, a qualquer batida na porta eis os teólogos correndo para ver se era a Era de Jesus que tinha chegado, e pôr um fim às barreiras levantadas pelos homens, também é verdade que a Teologia da Libertação teve os momentos em que o fogo do Espírito ardeu com mais intensidade e com mais esperança, no seu clímax crendo piamente que era a Era de Jesus que tinha finalmente chegado, a começar o seu glorioso trabalho de remoção do convívio humano de toda e qualquer barreira de divisão. Impossível de numerá-los, tanto foi o seu número. Mas podemos falar no grande momento em que o Concílio Vaticano II levantou o seu clamor pelo entendimento entre as religiões, no grande momento em o Conselho Mundial das Igrejas levantou o seu clamor pelo entendimento entre os cristãos e no grande momento em que o Encontro de Salsburgo levantou o seu clamor pelo entendimento entre cristãos e marxistas. E não esquecendo, de modo algum, do Encontro de Canindé, quando Leonardo Boff, diante daqueles cerca de cinco mil jovens esperançosos de um novo dia, deixou escapar, no espírito: É a Era de Jesus! E ninguém vai impedi-la!

Ora, foi falado que a Teologia Humanista, depois de um aparecimento e ascensão áureos, entrou numa curva de descenso, até que deixou de existir: a Teologia da Libertação teria também um fim parecido?

Ora, as razões do fim da Teologia Humanista foram muitas, e convém falar de uma delas.

A verdade é que a Teologia Humanista acreditou piamente e confiou de que o Partido Democrata Cristão era o instrumento político ideal com o qual a Era de Jesus iria ser construída na História. E o Partido Democrata Cristão no seu início se prestou a isto. Recebeu sobre si a missão de ser porta-voz e implementador da doutrina social da Igreja, que bem aplicada realmente era uma alternativa atraente tanto ao marxismo como ao liberalismo (entenda-se, do ponto de vista da Cristandade). E no início o Partido Democrata Cristão seguiu esta linha. Mas não tardou e começou a abandonar esta via do meio e a pender para o lado do liberalismo. Cada vez mais começou a mostrar feições belicosamente anticomunista e feições pró-capitalismo, se aliando automaticamente às decisões e aos interesses imperialistas. Era simplesmente que a Teologia Humanista estava morrendo. Simplesmente que o Espírito a estava deixando, com os seus teólogos ficando órfãos de tudo.

Mas, este fenômeno também não ocorreu com a Teologia da Libertação? Ela também não acreditou piamente que o PT iria ser o instrumento político com o qual iriam construir na Terra, a partir do Brasil, o reino de Jesus Cristo? O PT iria construir um reino cheio de gente de rosto feliz, que só podia ser o reino de Jesus, pois a alegria é encontrada em muitos lugares, mas a felicidade só em Jesus? Somente naquele que dá a paz, não como o mundo a dá?

É verdade, o PT no início se prestou a isto, com a militância das Cebs vestindo a sua camisa e não poupando esforço para que o PT canalizasse o desejo de mudança do povo pobre, mudando as estruturas de dominação e poder, e colocando outras no lugar, que removeria o jugo pesado sobre o povo que trabalha e que produz todas as riquezas.

Mas, convenhamos, assim como o Partido Democrata Cristão foi se afastando da Doutrina Social da Igreja, assumindo cada vez mais uma feição de direita, o mesmo também não veio a ocorrer com o PT? As bandeiras de luta que o PT esposou no seu início, todas elas à imagem e semelhança da Teologia da Libertação, já não teria as abandonado? No exemplo do Partido da Democracia Cristã, o PT já não teria se transformado em partido do sistema, fisiológico, não portando bandeira alguma de luta senão o interesse mesquinho de líderes políticos, vaidosos, que se sentaram na cadeira de Marx (Mateus 23.1), prescrevendo para o militante neófito mil e uma maneira de superar o capitalismo e a sua opressão, mas eles mesmos não estão dispostos a mover nem mesmo o dedo mindinho neste sentido, pois então, na sua pouca consistência ideológica e de princípios, na falta mesmo de capacidade intelectual para superar todo este estado de coisas, vaziedades que se enchem no ufanismo, temem perder os privilégios que gozam?

A CHEGADA REAL DA ERA DE JESUS

Teologia do Reino

Terceiro Momento – Síntese

É verdade, assim como a Teologia Humanista e seu Partido foram embora este também é o destino da Teologia da Libertação e do PT.

Primeiro, que a Teologia Humanista era realmente portadora da Era de Jesus, mas da sua forma e não do seu conteúdo. E o conteúdo apresentado, a Doutrina Social da Igreja, estava muito distante de ser conteúdo real da Era de Jesus; daí não ter sensibilizado os trabalhadores, sujeitos da História, seus remetentes e seus destinatários. A Era de Jesus não iria se manifestar, jamais, em oposição ao marxismo, como se achou na Doutrina Social da Igreja, senão que no seu esgotamento. Quanto mais o marxismo fosse se esgotando mais e mais as condições objetivas iriam ficar propícias ao nascimento da Era de Jesus. Posto que o marxismo trata-se de sistema composto de essência e de acidente. E o que se esgotaria nele seria o acidente, jamais a essência, que seria revestida de novas categorias, tendo o seu embrião já na própria Teologia da Libertação. Quer dizer, ao conservar o instrumental de análise social e de história do marxismo, todavia removendo sua filosofia em benefício da filosofia cristã, colocando em lugar de destaque Deus e a religião, eis aí o que é acidental já principiando a ser removido do marxismo. E na superação da própria teologia da libertação pela Teologia do Reino, já a Cruz tomando o lugar do Êxodo como modelo tipológico condutor dos passos revolucionários, então iria se consumar o pleno esgotamento do marxismo. Certamente, não só a sua filosofia, mas agora também o seu instrumental de análise social e de história, sendo removidos (se esgotou, não dando mais conta do recado, que se tornou outro recado) para dar lugar a novos instrumentais, forjados no sangue da cruz, essencialmente cristãos, conteúdo e forma da mesma natureza e origem comum. Simplesmente o Cristo da cruz em plenitude, não uma “plenitude” adjetivada senão a plenitude substantivada visionada por Paulo, segundo as imagens de ICoríntios 13.10.

Em uma palavra, o significado claro de esgotamento do marxismo é o de fruto verde que irá se tornar maduro. Ele carrega em potência o ser maduro, pois trás oculto em si o néctar da flor, que murchou, se foi, as suas pétalas, mas a preciosidade do seu açúcar se ocultou no fruto em nascimento, aguardando a chegada do outono para então se despertar e se espalhar pelo fruto, amolecendo a sua carne dura e expulsando para fora todo o seu amargor, o tornando adocicado e saboroso. Assim foi o marxismo, fruto verde do Reino, mas que iria se tornar maduro. Na medida em que fosse amadurecendo mais e mais o rosto do judeu Marx iria se transfigurando no rosto do judeu Jesus; o ódio revolucionário em amor revolucionário; Luta de Classe em Educação de Classe; o Hay Que Endurecerse em Pero Sin Perder La Ternura Jámas. Mais e mais liberdade e igualdade iriam deixar de estar de costas para estar de frente, se ajudando, se completando. Realmente, da condução de Moisés então para a condução de Jesus, conduzindo não este ou aquele, mas todos para fora de suas alienações, a um novo paradigma, em que todas as diferenças serão resolvidas na mediação do amor, cujo mover dialético é unicamente para estabelecer a igualdade. A equidade isonômica entre as partes.

Segundo, se a Era de Jesus não pode nascer através da Teologia Humanista e do seu Partido, através mesmo da Doutrina Social da Igreja, porque estavam metidos em contradição insolúvel, queriam frutos maduros – mas que não passassem pelo estágio necessário de verde – e isto é impossível (frutos assim existem. São aqueles que se manifestam na copa das árvores amarelados, “amadurecidos” antes do tempo. E são assim porque não passaram pelo pleno desenvolvimento do seu estado verde, que os prepararia para o estágio maduro. Porque são duros, aguados, sem sabor, seu destino é ser lançado fora na época da colheita, pelos ceifeiros), ora, de igual modo a Era de Jesus também não pode nascer através da Teologia da Libertação e do PT. Porque também estavam metidos em contradição insolúvel. Falavam de Jesus, do amor evangélico, mas o instrumental de construção da nova sociedade em suas mãos era o marxista, a espada zelote nas mãos de um discípulo de Cristo.

De modo que se aqueles foram recolhidos pelo Espírito porque seus frutos “maduros” não passaram pelo estágio verde de crescimento, ora, o destino destes seria também o de ser recolhidos, não por Clodovis Boff (*), evidente, mas pelo Espírito, pois, que diferença faz, na colheita, um fruto que não passou pelo estágio verde e um fruto que não chegou ao estágio maduro? (As críticas que o teólogo Clodovis Boff dirigiu à Teologia da Libertação em 2007 têm de ser filtrada no que tem de positivo e no que tem de negativo. De positivo é que realmente a Teologia da Libertação se acha presa a limites epistemológicos, posto ser um ser em construção, literalmente ser adolescente. A clareza destes limites epistemológicos se acha no fato de que a Teologia da Libertação não compreendeu, jamais, a importância dos evangélicos pentecostais e dos carismáticos. O sumo trabalho de Deus através deles, preparando os corações, revolucionando-os espiritualmente, para através de corações novos, que adquiriram de Jesus o amor ágape, então construir o verdadeiro socialismo. De negativo é que a Teologia da Libertação ao ter colocado o pobre como centro de sua reflexão teológica isto vai de encontro, totalmente de encontro, ao que se acha em Mateus 25.40. Ademais, a libertação de Deus se destina a todos, indistintamente, mas ao longo dos tempos ela primeiro tem sido dirigida aos pobres, aguardando o momento em que saltaria deste patamar particular para o universal, como saltou de Moisés para Jesus. Então a Teologia da Libertação não esteve metida em “erro de princípio”, mas era o imperfeito caminhando na direção do Perfeito).

Prosseguindo. Então foi dito da Teologia Humanista e da Teologia da Libertação como inutilidades? Que isto nunca aconteça!

Devam ser vistos como a geração do Cristo Leão que é da tribo de Judá, do Cristo Rei dos reis e Senhor dos senhores, no ventre da mulher gloriosa de Apocalipse 12. Simplesmente no ventre da Igreja de Cristo. Um processo que se dá em modelo hegeliano, tese e antítese, para produzir a síntese. Que seria mais compreendido na filosofia celestial, o Absoluto em movimento de translação, todavia metido também em movimento de rotação. A rotação se dando na translação, o que explica a Teologia da Libertação ser apenas o outro lado da Teologia Humanista, lado oculto para lado claro e lado claro para lado oculto. Simplesmente os dois raios de vida que o profeta Habacuque viu saindo da mão de Jesus, a igualdade espiritual e a igualdade material, postos nas duas teologias separadamente, mas aguardando a chegada do dia em que seriam novamente reconciliados em si; então Teologia Humanista e Teologia da Libertação tornar-se-iam um só na palma da mão de Jesus. Uma só carne, um só espírito.

De fato, devam ser vistos assim mesmo, pois não só a Teologia Humanista quis construir a Era de Jesus no fundamento da espiritualidade cristã, com o marxismo sendo o seu lado oculto, escuro mesmo, como a Teologia da Libertação a quis construir no fundamento da materialidade socialista, com a Religião Cristã, sendo o seu lado oculto, escuro. Tão oculto, tão escuro, que não compreendiam, jamais, a verdadeira natureza dos carismáticos e dos evangélicos pentecostais, pela ótica marxista, achando apenas que eram instrumentos ideológicos fomentados e alimentados pelo imperialismo, quando na verdade era o lado oculto da sua realidade que vivia no claro de Jesus.

Ora, se eram momentos de um processo, por certo que iria chegar o momento do seu nascimento. E quando nascesse por certo que seria superador dos momentos anteriores, mas, porque este seria o momento sintético, ao mesmo tempo também os elevando. Posto que Teologia Humanista e Teologia da Libertação simplesmente foram momentos de Deus, que então iria reconciliar em si o que saiu de si. E esta reconciliação em si é simplesmente que se efetua um retorno à Teologia Humanista, mas o que surge agora não é mais Teologia Humanista senão que uma nova teologia, a do Reino, enriquecida pelas contribuições da Teologia da Libertação. Que também não é mais Teologia da Libertação senão que Teologia do Reino; enriquecida que foi pelas contribuições da Teologia da Libertação.

Em uma palavra, o cristianismo enquanto humanismo integral, de Jacques Maritain, é resgatado, mas já não é o mesmo. Não é mais aquele que se achava pobre, oco por dentro, forma sem conteúdo, sem condição alguma de construir a fraternidade, mas um novo humanismo integral, que se tornou cheio de teologia da libertação. A caridade não é mais um fim senão um meio, que prepara a todos para sair de sua caverna e subir ao maravilhoso mundo de luz, de modo a não mais viver na e de sombra senão que agora na e da substancia das coisas (ver Isaías 11.6; Aos Hebreus 10.1).

Corpo Real de Cristo

Ora, foi falado o quão diferente foi a Teologia Humanista em relação à teologia tradicional, e quão diferente foi a Teologia da Libertação em relação à Teologia Humanista. E quão diferente será a Teologia que traz o Reino! As mudanças que trará serão profundas, não só em relação à Teologia da Libertação e à Teologia Humanista, mas em relação a toda e qualquer teologia. E pasmem! Ela não é uma nova teologia senão um fogo que vem e aquecem todas as teologias, toda e qualquer teologia, quebrando as suas cascas e fazendo brotar a sua flor pura. Destarte, se lembram da nebulosa de Kant e Laplace? Pois é, não é outra coisa senão que no meio das teologias se manifesta o seu sol, como diz a melodia, realinhando as órbitas dos planetas. Quer dizer, colocando cada teologia na sua órbita própria, seguindo seu próprio espaço, sua própria curvatura, cessando entre si o intermitente choque entre seus corpos.

E qual o conteúdo desta nova teologia, a pergunta que todos estão formulando? Como será o corpo real da Era de Jesus?

Simplesmente que na árvore do Reino (*) brotaram os botões, que, por sua vez, se abriram em flores; brotaram os frutos verdes, que, por sua vez, se converteram em frutos maduros.

O que é isso? Os botões que brotaram na árvore do Reino foram trazidos por Lutero, como a sua tese, e os frutos verdes que brotaram em sua arvore foram trazidos por Marx, como a sua antítese.

E que acontecimento representou o momento em que os botões na árvore do Reino se abriram em flores? Começaram a se abrir em flor? O Grande Pentecostes que Deus derramou no ano de 1906 no abandonado templo metodista situado na Rua Azusa, em Los Angeles. Era o florescimento da beleza maior protestante, John Wesley, que florescia e vinha à existência no corpo daquele filho de ex-escravos, William Joseph Seymour, ali mesmo, aos seus pés, os muros raciais e sociais principiando a cair rente ao chão. E que acontecimento representou o momento em que os frutos verdes do Reino se tornaram maduros? Começaram a ficar maduros? O Grande Pentecostes que Deus derramou na primeira metade da década de 60 do século passado nos corredores do Vaticano. Era o florescimento da beleza maior católica, Francisco de Assis, que florescia e vinha à existência no corpo do octogenário João XXIII, ali mesmo, aos seus pés, os muros religiosos e ideológicos principiando a cair rente ao chão.

Protestantismo e Marxismo, Pentecostalismo e Teologia da Libertação, seria partes de um mesmo processo? Um processo histórico que estaria gestando no seu ventre a sua flor mais pura, simplesmente Jesus Cristo, vindo agora como Leão que é da tribo de Judá para construir o reino sem pecado, que não gera pecado? O Pentecostalismo, que nasceu conservando a espiritualidade protestante, todavia sem o seu “apêndice” capitalista, e a Teologia da Libertação, que nasceu conservando a materialidade marxista, todavia sem o seu “apêndice” filosófico, seriam partes de um mesmo processo que estaria se formando em tríade hegeliana?

Mais uma vez, o protestantismo, tendo sido esvaziado do “apêndice”, o lugar vago teria sido reservado para ser ocupado e preenchido pela materialidade socialista, então tendo sentido ali em se falar de Jesus Cristo como Rei de reis e Senhor dos senhores? Tendo realmente sentido ali em se falar de Reino de Deus, pois o vaticínio de Isaías deixa claro que no reino de Deus os que constroem moram, os que plantam comem e os que trabalham usufruem plenamente do trabalho de suas próprias mãos, o que, convenhamos, o socialismo científico é o seu combustível? E o marxismo, tendo sido esvaziado do “apêndice”, o lugar vago teria sido reservado para ser ocupado e preenchido pela espiritualidade protestante, então tendo sentido ali em se falar de Che Guevara como ser completo, sim, tendo sentido ali em se falar do Comunismo como reino de liberdade concreta, em que cada um tem segundo as suas necessidades, pois é exatamente esta espiritualidade (leia-se, abstraída do apêndice, como se achou em Paulo e veio novamente a se achar nos pentecostais) quem faz, em ato ou em potência, o ser se mover em sentimentos de amor, a buscar, não a sua vantagem, mas da outra pessoa, como são as imagens de ICoríntios 10.24?

Tocam as trombetas, rufam os tambores, agitam-se as bandeiras, é a Era de Jesus finalmente chegando!

EDSON MACIEL

Ora, foi falado que na primeira metade do século passado brotou no coração dos teólogos uma grande esperança pela certeza da chegada do reino de Jesus Cristo, o mesmo tendo se dado depois na esperança das Cebs. E foi dito que estes dois grandíssimos movimentos ocorridos no meio dos cristãos, Deus os iniciou com algumas pessoas no seu nascimento. A rigor, sendo este o modo próprio de Deus agir, pois não só o grande movimento de Moisés Deus o começou com um número pequeno de escolhidos, Moisés, Arão, Miriã, Josué, Calebe, Nadabe, Abiú, como tal também se deu com o movimento de Jesus. Poucas pessoas ali com Jesus no seu início, André, Filipe, Pedro, Natanael, João.

Se este é um modo próprio de Deus agir, toda e qualquer obra ele sempre a começa a partir de um início simples, mas que irá crescer e se expandir, ora, é de se esperar que tal também fosse ocorrer por ocasião do terceiro momento, o que realmente traria a Era de Jesus. E tal realmente está acontecendo. Vejamos.

No mês de julho agora, mais precisamente que no dia 29, então Gerson postou um trabalho na Internet, para mais de cem destinatários. E o que era o trabalho? Um chamado para que o Brasil inteiro se acordasse para um acontecimento que queria fazer o seu nascimento no mês de outubro do ano de 2010, acontecimento este que em ocorrendo então era nada mais nada menos que o nascimento visível da Era de Jesus.

Tendo aguardado, eis que dois dias depois obteve um retorno, apenas um retorno. E abrindo, eis que era de Edson Maciel, da cidade de Araçatuba interior paulista.

Tendo se identificado como dirigente regional do PSOL, e postulando uma cadeira na Câmara Federal por este partido, Edson Maciel deu as razões porque se interessou pelo conteúdo do trabalho: estava principiando a caminhar nas sendas da Teologia da Libertação, e o trabalho enviado a ele, com o título 8 de Outubro: a Primavera de Che Guevara, foi totalmente de encontro ao que então estava aprendendo com a Teologia da libertação.

Vejamos o seu retorno: Gerson. Sou filiado ao PSOL. Já fui filiado ao PT. Trouxe o PSOL para Araçatuba. Sou o secretario geral dele aqui. Já fui católico...budista...li sobre o kardecismo, frequentei algumas igrejas neo pentecostais e outras históricas. Hoje frequento uma Protestante Histórica (Batista Tradicional) contudo não sou batizado. Respeito todas as denominações e creio que o fato de não frequentar a igreja católica não atrapalhará em nada meu contato com a Teologia da Libertação não é? Até porque tenho muitos amigos católicos, inclusive minha mãe e grande parte de minha familia é católica. Sou candidato a Deputado Federal pelo PSOL (5063). meu fone ´: (18) 3441-0122 (18) 9104-2079 . Obs: Pode enviar materiais para mim ? (th 48 anos de idade, formado em licenciatura em filosofia)

Façamos a pergunta: a obra é de Deus e o peregrino Gerson apenas o seu instrumento. Uma vez que Deus faz as suas obras sempre através de pessoas que escolhe e prepara, ele não pode ter escolhido Edson Maciel através de quem fará nascer na terra a Era de Jesus? Estaria entrando por esta porta, assim como as Trompas de Falópio é caminho para o útero, local apropriado de desenvolvimento? Afinal, foi a partir de Edson Maciel que o Espírito começou a direcionar o seu profeta na direção do PSOL, na sua confluência, então ser realizado o grandíssimo ato que constava no trabalho 8 DE OUTUBRO: A PRIMAVERA DE CHE GUEVARA...

PSOL

Ora, uma vez que o reino de Jesus é liberdade, mas é também igualdade, é igualdade, mas é também liberdade, dado os mistérios insondáveis da Criação, como um pinto no ovo, Jesus Rei de reis e Senhor dos senhores não pode estar oculto no PSOL, aguardando tão somente a sua casca ser rompida e então fazer o seu nascimento, começando a caminhada do Milênio, em que todas as coisas serão restauradas, cujo início se deu neste instrumento político, assim como o início da caminhada do cristianismo se deu no derramamento do espírito em Pentecostes? A Era de Jesus se acharia em potência no PSOL? Palpitando o seu nascimento em cada um de seus militantes? Este ardente desejo nos jovens do PSOL de conquistar o poder e começar a construir um novo Brasil, sem exclusão, de gente de rosto realmente feliz, não podemos dizer com a maior das convicções que este desejo não é seu senão de Jesus? Está neles porque está em Jesus?

E o fato de Plínio de Arruda Sampaio no Debate televisivo da TV Bandeirantes ter deixado no ar um lustro de esperança, nele se viu o palpitar da vida, a certeza de que com vontade e determinação as mudanças vêm, ao passo que nos demais apenas propostas entediantes, de se manter lenha na fogueira de um sistema que é por natureza, pecaminoso? Incapaz de resolver os graves problemas sociais da nação, porque se orienta na direção do rico e não do povo pobre?

Ora, o Sol da Justiça, que segundo o profeta Malaquias iria chegar trazendo cura nas suas asas, reduzindo a cinzas todos os presunçosos e todos os que praticam iniqüidade, estaria ocultado no PSOL, e que agora teria chegado o momento de suas entranhas se abrirem e ele então se revelar? E os presunçosos e praticantes da iniqüidade, cegado pela sua luz de justiça, tateando, procurarão as cavernas e as rochas dos montes para se esconderem, porque escrito está que na sua manifestação os iníquos não resistiriam?

Era de Jesus e a Questão do Governo de Cristo

Ora, diz a Palavra de Deus: Pois, verdadeiramente, se a trombeta der um toque incerto, quem se aprontará para a batalha? (ICoríntios 14.8).

Não que se queira dizer que o exposto até aqui tenha sido incerto. Por certo que não. Mas, com certeza, quanto mais claro for exposto essa questão mais e mais a sua compreensão brotará no coração daqueles que carregam em suas lâmpadas o azeite do Espírito. E abaixo vai uma nova exposição que com certeza os levará a dizer: Basta! É o Noivo! Vamos ao seu encontro!

No ano de 99 o peregrino Gerson fez, inspirado, um trabalho de dez páginas e o enviou para a cúpula do PT. E nele era dito se achava em curso no Brasil um processo dialético para o nascimento do Governo de Cristo. Na morte de Vladimir Herzog e do operário Manoel Fiel Filho no seu sangue Jesus se instalara no processo e, a partir de então, como o Ômega de Teilhard de Chardin, começou a remover os muros ideológicos entre os contrários políticos e convergir o processo cada vez mais em sua direção. Tendo mergulhado em seu caldeirão dialético o espectro ideológico, forças democráticas, Tancredo, forças sociais-democratas, FHC, forças de esquerda, Lula, ao seu final, no seu esgotamento, então iria emergir o Governo de Cristo, Daquele que se deixou morrer para que todos os muros de separação fossem abolidos. Destarte, um governo acima dos espectros políticos e ideológicos, um governo totalmente de justiça.

O trabalho, cujo eixo teológico era a profecia de Isaías 11.6, que trás os contrários sendo reunidos e conduzidos por um “pequeno rapaz”, para fora de suas alienações na direção do reino de luz, e cujo eixo filosófico era o hegelianismo, feito de contrários que se resolvem na síntese, ora, o mesmo foi sintetizado em um gráfico de seis bolas, cada bola representativa de um tempo e de um governo. Ei-lo: NA PRIMEIRA BOLA, então aparecia os governos de Jânio Quadros e de João Goulart. A tese do processo, em que nele liberdade e igualdade estiveram juntos, todavia em tensão, como convém à tese. De modo que era dito que em tais governos o Reino se achou em potência. NA SEGUNDA BOLA, então aparecia os governos de Costa e Silva e Médici. E era dito que tais governos representaram o momento do aparecimento da antítese no processo. Pelo absoluto antagonismo ideológico, então era dito que em tais governos o Reino se achou Em Negação. NA TERCEIRA BOLA, então aparecia os governos de Geizel e de Figueiredo. Porque em tais governos se deu a Abertura e a Anistia, então era dito que tais governos representaram o momento da cessão do movimento de mútuo afastamento ideológico, a partir de então, como bumerang, o movimento começando a tomar o rumo da síntese. NA QUARTA BOLA, então apareciam os governos de Tancredo e Sarney. Porque nele os pólos ideológicos contrários, que nos governos de Jânio Quadros e João Goulart estiveram juntos, mas em tensão, e nos governos militares se apartaram antagonicamente, sim, porque nele os pólos ideológicos contrários voltaram a estar novamente juntos, pois tal governo, além dos ministros de direita teve também ministros de esquerda, Almir Pazzianotto, Fernando Lira e Valdir Pires, ora, foi dito que em tal governo se inaugurou a idéia de aliança no processo. Houve a sua fecundação. E por causa desta aliança então era dito que em tal governo o Reino se achou em embrião. E nesta bola aparecia o nome PMDB. NA QUINTA BOLA, então aparecia os governos de FHC e ACM. Porque nele se dera a aliança partidária, então era dito que em tal governo a idéia de aliança se manifestou em nova figura do espírito, com um salto de qualidade, pois saiu do nível pessoal, como se achou em Tancredo, para o nível partidário, com maior imbricamento e maior comprometimento. E nesta quinta bola então aparecia, embaixo, o nome PSDB. Ora, apesar de que estávamos em pleno governo de FHC, e ninguém acreditava mais em Lula, nem ele mesmo, pois dera declaração de que não encontrava mais terra nos pés para disputar uma quarta eleição, mesmo assim, inspirado, o peregrino Gerson fez constar no gráfico uma sexta bola, onde aparecia o PT tomando o lugar do PSDB na condução dos destinos do Brasil. E era dito mesmo que ninguém iria impedi-lo, pois quê tal era uma necessidade lógica do processo, que depois de ter mergulhado no seu caldeirão dialético as forças democráticas, Tancredo – PMDB, e as forças sociais – democratas, FHC – PSDB tinha chegado agora o momento de mergulhar nele as forças de esquerda, para, assim, e somente assim, o caminho estar livre para a manifestação do Governo de Cristo.

Mas é preciso este esclarecimento, para que tudo seja compreendido em sua clareza. Quem fez o trabalho foi Gerson, mas por inspiração. O que significa duas forças em sua confecção, Gerson e a Transcendência. E uma vez que Gerson foi chamado então quem deva ter domínio absoluto sobre o processo só pode ser esta força transcendente. De modo que podia haver tergiversação no trabalho, como de fato houve, e é preciso seus esclarecimentos.

Ora, na verdade o peregrino Gerson fez constar que na sexta bola, Governo do PT, Aliança Ideológica, era nele que se dava o Governo de Cristo. O Governo de Cristo iria nascer na terra a partir da aliança ideológica encabeçada pelo PT.

Mas no trabalho estava implícito, ora, que o PT era também parte passante do processo. Como o PMDB e o PSDB entraram nele e iriam passar estava implícito que o PT também iria ter o mesmo destino. Porque no trabalho era dito que o significado da Abertura lenta e gradual do governo Geizel não era nunca que lento e gradual a direita iria embora e a esquerda ocupar o seu lugar, mas, sim, que os pólos ideológicos, depois do mútuo afastamento da antítese, iriam principiar ao movimento de reconciliação, lento e gradual, cada vez mais se aproximando um do outro até que estariam novamente juntos ao menos como estiveram nos governos de Jânio Quadros e de João Goulart.

Ora, se estava implícito que o Governo de Cristo não iria nascer no PT, mas depois dele, quando não mais houvesse espectro ideológico a passar, porque então Gerson não fez constar no trabalho uma sétima bola, esta sim já o Governo de Cristo? Em primeiro que ele desconhecia tal, porque é porta-voz e não dono do processo, e em segundo que se ele colocasse uma sétima bola o próprio PT iria estranhar, dizendo: mas nós nem somos ainda sexta bola e ele já está dizendo que iremos passar? Não teria como acontecer por falta de adesão.

Mas agora que o processo caminha para o seu final e tudo foi clareado então podemos falar na sétima bola, e dizer que o governo de Cristo não nasceria na Aliança Ideológica, mas, sim, NA ALIANÇA DO REINO! A idéia de aliança, que se inaugurara no processo com Tancredo, ela iria continuar o seu desenvolvimento dialético e depuração ideológica até que do seu ventre emergiria a sua flor pura, a Aliança do Reino. Que seria formada exatamente de cristãos e de marxistas, mas de cristãos e de marxistas que amadureceram, buscando a superação do capitalismo não mais de fora para dentro, como foi todo o ideário marxista, mas de dentro para fora, o que pressupõe não um retorno, mas uma reconciliação teórica entre Marx e Proudhon, não um retorno, mas uma reconciliação prática entre Lênin e Plekhanov, não um retorno, mas uma reconciliação do universalismo revolucionário entre Stálin e Trotsky, reconciliação que logicamente se dá no Espírito, no seu mover-se dialético, mas que há de se refletir nos atores visíveis do processo, nós homens, que seremos mudados, num abrir e piscar de olho, assim como a chegada da primavera faz comerciantes trocarem as roupas de frio por roupas amenas.

E nunca é demais esclarecer, quem está aqui para esclarecer: esta Aliança do Reino trata-se das forças dos reis do nascente do sol, que é em Apocalipse 16.12 são apresentadas como revivedoras das forças de medos e persas que conquistou Babilônia e libertaram do seu meio, do seu jugo, o povo de Deus ali escravizado, com ele retornando para Judá, para o lugar de onde fora expulso por causa da desobediência. E são estas forças do Reino que hão de novamente conquistar Babilônia personificada hoje no imperialismo, libertando do seu jugo, que é material, mas é também espiritual, a inteira humanidade, com ela retornando, não para Judá, logicamente, mas para o Paraíso de Deus, de onde fora expulsa por causa da desobediência. É por isso que Apocalipse 21 diz: E eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o céu anterior tinha passado, e o mar já não é. Vi também a cidade santa, Nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, e preparada como noiva adornada para seu marido. Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: ”Eis que a tenda de Deus está coma humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. E o próprio Deus estará com eles. E enxugará dos seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem haverá mais pranto, nem clamor, nem dor. As coisas anteriores já passaram.

PSOL, a Bola da Vez?

Façamos a pergunta: uma vez que foi dito que estava implícito no processo que o PMDB tomaria o lugar da ditadura, o PSDB o lugar do PMDB e o PT o lugar do PSDB na condução dos destinos do Brasil, agora que vai nascer o novo tempo da sétima bola o PSOL tomaria o lugar do PT na condução dos destinos do Brasil? Plínio de Arruda Sampaio será agora o novo comandante do Brasil?

É certo que tem muitos que estão rindo, como Sara riu, dizendo: Plínio? Coitados! Está em quarto nas pesquisas, lá embaixo, não tem dinheiro, não tem patrocinadores, não tem tempo na Televisão, não tem a Globo, não tem militância expressivamente numérica. Ó coitados!

Mas não nos esqueçamos que em 99 quando foi feito o trabalho e dito que o PT iria agora tomar o lugar do PSDB na condução dos destinos do Brasil, porque era uma necessidade do processo, ninguém acreditou. Inclusive que Gerson depois de dois meses que deixou uma cópia do trabalho com jovens da UJS então encontrou Peterson na rua que lhe disse: Noubari, que trabalho exótico aquele, cara? Olhando as bolas do gráfico teve uns ali que disseram que era mais fácil o mar secar do que o PT ir ao poder.

Plínio de Arruda Sampaio virá a estar no comando do Brasil? Subirá a rampa do Palácio, com Lula pondo no seu pescoço a faixa presidencial? Tudo vai depender de Deus, Dele esclarecer a cada um de seus ministros, católicos e evangélicos, que realmente tem domínio e influência sobre 70% do povo brasileiro. E não é a toa que está chegando à suas mãos o trabalho MANIFESTO “A ERA DE JESUS”. Não é mesmo a toa que os jovens católicos e evangélicos esclarecidos politicamente, embora sejam poucos, estejam no PSOL marchando firme com Plínio.

Os ministros da Palavra de Deus o compreenderão? Compreenderão a íntima ligação entre o processo nacional para produzir o Governo de Cristo e o processo universal para produzir a Era de Jesus, na sua confluência, forma e conteúdo se encontrando em só unidade? O compreenderão, abandonando as propostas vazias dos homens e passando a caminhar com as propostas da Era de Jesus? Compreenderão mesmo que o processo dialético para o nascimento do Governo de Cristo, no seu gráfico de agora sete bolas, ali está claro que não somente o PMDB e o PSDB se esgotaram no processo como também o PT? De modo que se querem ver o Brasil já no domínio do novo tempo da sétima bola, o Governo de Cristo, ora, terão, pois, de envidar todos os esforços para não permitir nem a volta dos tucanos e nem a continuação do PT? Lutarão mesmo, na força de Javé, para que as forças vivas da Aliança do Reino tomem o lugar desta aliança de forças mortas que Lula criou e comanda? O tempo mesmo da Era de Jesus tomar o lugar da Era Lula?

Os líderes do PSOL o compreenderão? Olharão com esperança para a cidade de Presidente Prudente, para o lugar em que Ronaldo no apagar das luzes fez o gol que o reviveu? De modo a encher toda a sua militância de poder, com eles, como os anjos que o Filho do homem na sua vinda enviaria para buscar os seus escolhidos, indo a todos os ministros da Palavra de Deus, católicos e evangélicos, a todos os estudantes, a todos os professores, a todos os intelectuais, a todos os artistas, a todos os trabalhadores colocando em suas mãos o MANIFESTO “A ERA DE JESUS”, juntamente com o trabalho O APARECIMENTO DO VERDADEIRO, que esclarece sobremaneira toda essa questão relativa ao processo dialético de nascimento do Governo de Cristo, e deixando Deus trabalhar em suas vidas?

12 DE OUTUBRO DO ANO DE 2010

Ora, é preciso falar sobre o trabalho 8 DE OUTUBRO E A PRIMAVERA DE CHE GUEVARA que despertou Edson Maciel de Araçatuba e a partir dele todas as propostas de nascimento da Era de Jesus passou a convergir e a se direcionar ao PSOL.

O que dizia tal trabalho? O que era?

Ora, todas as obras que Deus faz e que são continuações, ele recapitula os passos anteriores para dar o novo salto de qualidade. É literalmente a repetição da história em sentido hegeliano, ou seja: ela se repete não para reproduzir o mesmo fenômeno – porque então seria a farsa de Marx – senão que para trazer um fenômeno novo, que supera e deixa para trás aquele.

Caso elucidativo são as descrições de Mateus sobre a volta de Jesus do Egito. Tal volta foi apresentada como repetidora da volta de Moisés, mas a sua conclusão foi inteiramente outra. Jesus voltou não para tomar o lado dos judeus contra os opressores romanos, como faria Moisés, mas tomar o lado de todos os envolvidos na mesma contradição ao apresentar um novo paradigma de existência, onde nele judeus e romanos seriam verdadeiramente livres. Porque tomar o lado dos judeus se uma vez estes livres do jugo romano o povo judeu iria viver debaixo de outro jugo, os reis de Israel? Embora fossem povos e nações diferentes, todavia viviam em um mesmo sistema, organizado de tal forma que não restava ao mais fraco senão ser oprimido e explorado pelo mais forte. Tanto fazia ser em Jerusalém como em Roma.

Então as descrições de Mateus são claras de que o novo movimento trazido por Jesus era parte do mesmo movimento iniciado por Moisés, agora entrando em um novo estágio de qualidade, em novo patamar de existência, o universal no lugar do particular, onde Moisés parou – Canaã – um novo início, agora rumo a uma nova Canaã, celestial, incorruptível.

Pois é, a razão da realização do 8 DE OUTUBRO: A CHEGADA DA PRIMAVERA DE CHE GUEVARA é que chegara o momento da Revolução se levantar em novo patamar de existência. Donde Marx e os marxistas pararam um novo início, agora rumo a um novo socialismo, celestial, incorruptível, que, no caso específico da Canaã celestial, que teve o elo de transição dos essênios, este novo socialismo teve o elo de transição da Teologia da Libertação.

Assim, pois, o que constava no trabalho que causou despertamento em Edson Maciel de Araçatuba seria a realização de um acontecimento na região do Pontal do Paranapanema no mês de outubro, rivivedor dos passos da Revolução. Um acontecimento que seria realizado em três dias seguidos, e cada qual em lugar diferente.

Assim: no dia 8 de outubro seria realizado no Assentamento Che Guevara, localizado no município de Mirante do Paranapanema; no dia 9 seria realizado no Assentamento Dom Tomás Balduino, localizado no município de Sandovalina; e no dia 10 seria realizado no município de Estrela do Norte.

O ato do dia 8 no Assentamento Che Guevara seria todo dedicado ao Marxismo, com oradores se revezando para falar de toda a sua luta, das suas grandes giestas, as grandes mudanças que provocou no mundo, em todos os domínios. O ato do dia 9 no Assentamento Dom Tomás Balduino seria todo dedicado à Teologia da Libertação, com oradores se revezando para falar de toda a sua luta, dos seus mártires, das suas esperanças. E o ato do dia 10 em Estrela do Norte é todo dedicado para falar do novo tempo que está começando. Momento mesmo da ressurreição do socialismo, em outro corpo, corpo de glória, incorruptível, não mais sujeito à corrução e ao opróbrio dos homens.

Ora, constava no trabalho que durante o ato no Assentamento Che Guevara o que sucede é que durante todo o dia o estandarte de Che Guevara permaneceria levantado à sua boca de entrada. E na manhã seguinte quando todos estivessem se preparando para rumar para o Assentamento Dom Tomás Balduino então mãos guevaristas tomariam o estandarte e o colocaria em cima de uma camionete; e seguiriam pela sua estrada, percorrendo os 39 quilômetros que separam Assentamento de Assentamento com o estandarte de Che Guevara tremulando ao vento, na mão dos seus jovens. E quando chegassem no Assentamento Dom Tomás Balduíno então colocariam o estandarte de Che Guevara ao lado do estandarte de João XXIII, com os estandartes ficando todo o dia levantado à sua entrada. E na manhã seguinte quando se preparassem para ir para Estrela do Norte então colocariam os dois estandartes na camioneta; e seguiriam pela sua estrada, com os estandartes de Che Guevara e de João XXIII tremulando pela estrada onde naquele dia 12 de outubro do ano de 1997, à descoberta dos restos mortais de Che Guevara, então Gerson fez uma caminhada até Estrela do Norte, andando os doze quilômetros a pé e sozinho, levando unicamente numa mão uma mochila com roupas e na outra a sua máquina de datilografar. E em Estrela do Norte então colocariam, pois, os dois estandartes ladeando o estandarte de Jesus, um grande livro aberto em um pedestal onde se lia numa aba: AMAI A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS e na outra aba: AMAI O PRÓXIMO COMO A TI MESMO. Sim, numa aba a palavra EDUCAÇÃO e na outra aba a palavra EVANGELHO.

Como estes três atos representam os atos da metamorfose da borboleta, sendo o ato do dia 8 no Assentamento Che Guevara, revivedor do marxismo, o seu momento de lagarta, o ato do dia 9 no Assentamento Dom Tomás Balduino, revivedor da Teologia da Libertação, o seu momento de crisálida, e Estrela do Norte era o momento em que a crisálida rompeu o casulo para se levantar como borboleta, ora, como a borboleta quando nasce não sai voando, mas caminha sobre as patas e vai ficar num canto do galho, esperando as nervuras de suas asas endurecerem para então darem o primeiro vôo, indo pousar a planta dos pés na abobada das flores e se alimentar do seu néctar, ora, a verdade é que no trabalho constava que quando o grupo chegasse à Estrela do Norte e durante todo aquele dia foram discursos saudando o novo tempo que então estava nascendo, a verdade é que os revolucionários participantes não iriam embora, mas permaneceriam em Estrela do Norte até terça-feira, dia 12. E de manhã, aos primeiros raios de sol, então o grupo iria rumar para Presidente Prudente a participar da grande caminhada vista em sonho no ano de 2003 pela jovem Joseane.

E constava no trabalho o seguinte: quando o grupo estivesse partindo de Estrela do Norte para Presidente Prudente então os estandartes seriam colocados em cima da camionete, seguindo pela sua estrada os estandartes de Che Guevara e de João XXIII ladeando o estandarte de Jesus, os três estandartes tremulando pela sua estrada em mãos de jovens guevaristas, das Cebs e de jovens evangélicos.

Porque é mistério, Che Guevara carrega em oculto ao ser de Francisco de Assis e João XXIII ao ser de John Wesley, a verdade é que quando estivessem indo para Presidente Prudente então no caminho os estandartes de Che Guevara e de João XXIII iriam se transfigurando, e quando chegassem à Presidente Prudente para participar da grande caminhada vista em sonho pela jovem Joseane eis que eram os estandartes de Francisco de Assis e de John Wesley ladeando o estandarte de Jesus.

Sonho Profético

Ora, foi falado de que o grupo partiria de Estrela do Norte para participar da grande caminhada vista em sonho pela jovem Joseane. É preciso o expor para que o leitor amigo possa compreender com mais clareza o que está sendo dito.

Em 2003, Gerson se achava na igreja Obras do Espírito Santo, localizada no Jardim Guanabara, aqui em Presidente Prudente. E estava ali para falar das boas novas para o seu pastor, Luis Baldez. E chegou uma jovem por nome Joseane, vinda da igreja Nova Jerusalém. Ficando também ali eis que alguns dias depois ela narrou um sonho que tivera naqueles dias. Que sonho narrou? Contou que viu no sonho uma grande caminhada acontecendo no centro de Presidente Prudente. Uma multidão imensa caminhava do centro na direção do Parque do Povo. E quando iam entrar no Parque do Povo uns clérigos ali parados, na sua boca de entrada, começaram a dizer entre si: quem deu poder para estes fazerem isto? E a grande multidão entrou no Parque do Povo e foi se postar diante de um grande palanque ali armado, ocupado pelos ministros da Palavra de Deus.

Narrando o sonho, então a jovem disse que a multidão que viu caminhando no centro da cidade era composta de católicos e de evangélicos, mas os católicos eram maioria, como ela mesma disse; e quanto aos ministros da Palavra de Deus no palanque eram padres e pastores, mas, como ela mesma disse, os pastores eram maioria.

Quando acabou de narrar o sonho então Joseane disse com a maior das convicções: esta caminhada que vi no sonho acontecendo em Presidente Prudente ela irá acontecer, não sei o dia e o ano, mas que irá acontecer não tenho a menor dúvida, pois o sonho que tive foi muito claro. Pouco tempo depois Joseane retornou para a sua igreja, a Nova Jerusalém, todavia deixando a pergunta: o que foi fazer naquele lugar onde se achava o homem mais interessado? Fora ali por acaso ou na verdade enviada pelo Deus que não faz nada sem antes revelar aos seus escravos, os profetas? Deus tinha uma grande obra para realizar na cidade de Presidente Prudente, e a jovem Joseane foi o sinal que deixou para os ministros de Sua Palavra?

É manhã do dia 12 de outubro do ano de 2010... Vai começar a grande caminhada vista em sonho pela jovem Joseane nas avenidas de Presidente Prudente. Uma multidão imensa instantaneamente acordada por Deus, vinda de todas as partes do Brasil, se acha nas avenidas de Presidente Prudente, no lugar em que no apagar das luzes Ronaldo marcou o gol que o reviveu. Uma multidão imensa, batendo fortes os seus tambores, agitando as suas bandeiras, e cantando os mais belos cânticos, Coração de Estudante, PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES, Rosa de Hiroshima, Águia Pequena, Oração da família, Quão Grande És Tu. De repente se ouve o grito: lá vem vindo o caminhão trazendo os escolhidos de Deus para começar em cima da terra, a partir do Brasil, o governo de Cristo, a era de Jesus. E o caminhão com os escolhidos de Deus passa pelas suas avenidas, por entre as multidões, rumando para o Parque do Povo. E no meio deles, no seu centro, vai um velho senhor que não se cansa de acenar para as multidões que não se cansa de acenar para ele.

É verdade, mas na frente do caminhão, na frente de todos eles, vão jovens empurrando um carrinho levando no dorso um grande livro aberto, onde se lê a inscrição, numa das abas: AMAI A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, e na outra aba a inscrição: AMAI O PRÓXIMO COMO A TI MESMO. Sim, numa das abas a inscrição: EDUCAÇÃO e na outra aba a inscrição: EVANGELHO. E os jovens seguem na frente da multidão empurrando o carrinho com o grande livro aberto e ao seu lado, deste e daquele lado, irão dois jovens montados em um cavalo branco levando no ombro uma bandeira. E eles seguem pela sua avenida girando a bandeira em seu ombro, de modo que a multidão vê passar pelos seus olhos as imagens de Che Guevara e Francisco de Assis, girando em sua mão, e no outro lado as imagens de João XXIII e de John Wesley, girando em sua mão.

E a multidão finalmente entra no Parque do Povo e vai se postar diante de um grande palanque, que só pode ser o palanque visto em sonho pela jovem. E ali então prestam uma justa homenagem aos mártires do cristianismo, que sofreram todo tipo de morte nos coliseus de Roma, e aos mártires do socialismo, que sofreram todo tipo de morte nos porões das ditaduras. A sua morte não foi em vão, mas era no seu sangue que estava sendo gestado o reino da liberdade concreta, em que cada um tem segundo as suas necessidades, não as ditadas por uma ideologia, mas por Deus no nascimento de cada um.

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*Tanto os católicos ligados à Teologia da Libertação como os evangélicos são unânimes no juízo de que o Cristianismo se alienou de si mesmo a partir de Constantino, todavia voltou a si mesmo, na visão evangélica tal reaparecimento se deu na preparação de John Wicliffe e consumação em Lutero, ao passo que na visão da Teologia da Libertação tal reaparecimento se deu na preparação do Papa Leão XIII, no lançamento da Encíclica RERUM NOVARUM, de veemente defesa dos trabalhadores, e cuja consumação de reaparecimento se deu com o Papa João XXIII, na realização do Concílio Vaticano II.

Mas, como é lugar comum um juízo negativo sobre a era constantinista da Igreja, por conta de seus altos e baixos, de suas grandezas e de suas pequenezas, é preciso um esclarecimento de que a entrada do cristianismo deva se revestir de um ato positivo. Uma necessidade do plano salvífico. Posto que a Igreja, ora, transitava na estrada do Espiritualismo Histórico como a sua flor mais pura (MONOTEÍSMO PRIMITIVO (W. Schmidt) – animismo, totemismo, politeísmo, JUDAÍSMO, CRISTIANISMO), mas havia também a necessidade do trânsito na estrada do Materialismo Histórico (COMUNA PRIMITIVA (Carl Marx) – escravatura, feudalismo, capitalismo, SOCIALISMO, COMUNISMO). Posto que a Redenção de Deus é espiritual, mas é também material. De modo que no momento em que o Cristianismo era elevado à condição de religião do império era o Espírito dando prosseguimento ao seu calvário. Quando elaborasse o Fundamento Material então iria convergi-lo ao Fundamento Espiritual, restabelecendo, assim, a harmonia havida no Jardim do Éden entre nossos primeiros pais. Assim posto, o momento em que o Cristianismo deixou a ilegalidade para se converter em Religião de Estado tal deva ser visto como o momento em que a Bendita Semente, plantada na História e no coração dos homens na Ressurreição, germinando, germinando, eis que aflorou uma pequenina plantinha, um verdinho na superfície da História. E o momento em que Teodósio destruiu o paganismo tal foi o momento em que o experiente lavrador protege a sua recém-nascida plantinha contra as intempéries do tempo e contra os predadores. E a plantinha veio crescendo, crescendo, espalhando seus galhos, e eis que aparecerem neles as flores, Lutero, e no lugar das flores os frutos, Marx, frutos verdes que se tornaram de vez em João XXIII, e eis que agora estão se apresentando maduros, simplesmente Jesus Cristo. O momento mesmo da colheita do Reino, já inteiramente madura.

Para uma melhor compreensão da afirmação de que a entrada do cristianismo no império, gozando de status oficial, foi ato positivo, ora, foi falado que a tríade hegeliana de tese, antítese e síntese na filosofia celestial tal é o movimento de rotação do Absoluto se dando na translação. O movimento de rotação é o que produz a tese e a antítese, e a translação, a síntese. Isto é exatamente, e tão somente, o mover da Idéia, de toda e qualquer idéia. Sendo assim, o movimento de rotação do Absoluto teria produzido o outro lado daquele fenômeno? Sim! Gorbatchov tem sido o momento de Constantino. Gorbatchov está para os marxistas assim como Constantino esteve para os cristãos. A atual crise do marxismo, que é da mesma essência da crise do cristianismo primitivo, tal é necessidade interna da Idéia, de sua passagem do imperfeito para o Perfeito. E este Perfeito há de ser construído justamente pelos marxistas, que transitavam na estrada do Materialismo Histórico, também transitar pela estrada do Espiritualismo Histórico. O que faz com que o imperfeito se torne Perfeito é justamente em que a essência sublime do Materialismo Histórico, o socialismo, sofra fecundação da essência do Espiritualismo Histórico. E esse calvário do Espírito-Marxista terá forçosamente que galgar todas as etapas do Espiritualismo Histórico, das suas mais simples para as suas mais complexas. Até o momento em que divisará no espírito a religião cristã. Por tanto tempo apartados, todavia neste momento importante de sua existência a reconhecerá. A saudade baterá no peito. Correrá para a sua amada, para abraçá-la e novamente tê-la em seus braços. É o restabelecimento do Paraíso, o lugar mesmo que os marxistas chamam de Comunismo e os cristãos de Reino de Deus. E esta forma tão desconhecida de se alçar ao Reino de Deus e ao Comunismo, se transitando pelas duas estradas, ou estrada única de mão dupla, o Espiritualismo Histórico e o Materialismo Histórico, ora, é por isso que vaticinou o profeta Isaías: O próprio Javé sairá como um poderoso. Como um guerreiro ele despertará o zelo. Bradará, sim, dará um grito de guerra; mostrar-se-á mais poderoso sobre seus inimigos. Por muito tempo fiquei quieto. Fiquei calado. Continuei a exercer autodomínio. Igual à mulher que dá á luz, vou gemer, ofegar e arfar ao mesmo tempo. Devastarei montes e morros, e secarei toda a sua vegetação. E dos rios vou fazer ilhas e secarei os banhados de juncos. E vou fazer os cegos andar num caminho que não conheceram; farei que pisem numa senda que não conheceram. O lugar escuro transformarei diante deles em luz, e o terreno escabroso em terra plana. Estas são as coisas que vou fazer para eles e não vou abandoná-los. E o mesmo Isaías conclui, ou esta foi conclusão: E Javé certamente vos dará pão em forma de aflição e água em forma de aflição; contudo, teu Grandioso Instrutor não mais se esconderá, e teus olhos estarão vendo o teu mestre. E os teus ouvidos ouvirão as palavras dele, advertindo-te por detrás de ti: Este é o caminho. Andai nele, caso vades para a direita ou caso vades para a esquerda (Isaías 42.13-17; 30.20-21).