sábado, 28 de agosto de 2010

DANDO RUMO E VIDA AO PSOL

No Manifesto é apresentado intuitivamente uma ligação entre o PSOL e Jesus. Por conta teológica, mais precisamente que por imagens teológicas. O PSOL tem o símbolo do sol da justiça de Malaquias. O PSOL aspira realizar o que é dito será realizado pelo Sol da Justiça em sua vinda, trazendo cura em suas asas.

Mas, eis que agora o Peregrino Gerson recebeu revelação que confirma cientificamente que Jesus se acha em potência no PSOL. Como um ovo que trás em potência o pinto e que é preciso todo um fogo dialético para que ele se desvele, seja mesmo construído, criado.

O PSOL seria um ovo que trás em oculto Jesus? Mas que precisaria todo um trabalho dialético para que Jesus cresça nele e rompa a sua casca, nascendo?

Sim. Pelo simples fato do termo liberdade ter sido agregado ao termo igualdade. O termo igualdade desligado do termo liberdade é ausência total de Jesus, bem como o seu contrário.

Mas, para o militante do PSOL está agregação não importou em mudanças senão que representou segurança e blindagem PARA AS MESMAS PRÁTICAS. Destarte, uma palavra que foi inserida ali por conta da pressão externa. O que foi dito, de modo que se faz necessário todo um trabalho dialético para que Jesus cresça nele e rompa a sua casca, nascendo. Todo um trabalho dialético para que esta agregação de fato traga mudança de fundo. É preciso Jesus crescer no PSOL. Logicamente que este crescimento levará à superação do PSOL, como o crescimento do pinto leva à superação do ovo. Assim sendo, o PSOL seria então o ovo do Reino.

Como explicar isto, de forma compreensível, inteligível?

Ora, o termo liberdade sendo agregado ao termo igualdade trás profundas mudanças. A liberdade agregada impede que se destrua o capitalismo e a burguesia. Terão de ser superados DENTRO DA LIBERDADE. Assim, pois, estas profundas mudanças, DIZ RESPEITO AO EXTERNO, e não ao interno, como candidamente pensa o militante do PSOL, porque ainda é um neófito no conceito de liberdade.

Ora, uma vez que a interlocução do conceito de liberdade se dá com o externo, então não há mais espaço para o marxismo. Se espaço há, todavia foi drasticamente reduzido. Porque se você está impedido de destruir o capitalismo e a burguesia, todavia está escrito o seu fim, então este fim terá de ser conseguido, não mais, porém, pelos mecanismos da luta de classe, mas pelos mecanismos da luta DE EDUCAÇÃO DE
CLASSE. O capitalismo e o burguês serão superados porque serão, pois, educado,
sendo esta a conseqüência do agregamento do termo liberdade ao termo igualdade. (Certamente que o militante do PSOL está estranhando essa troca, de imediato achando uma negação de si: é que é neófito no conceito de liberdade. Não atingiu ainda o ponto de fusão do conceito, quando o conceito adquire nova qualidade, o metafísico no lugar do positivismo).

Ora, logicamente que existe duas liberdades, a com l minúsculo (positivista) e a com L maiúsculo (metafísica). A que liberdade o PSOL aspira, se acha de posse? A suspeita é de que a liberdade de que aspira e está na sua posse seja a com liberdade com l minúsculo. A liberdade com l minúsculo trabalha com a visão de mostrar para os trabalhadores a sua superioridade sobre a burguesia, quantitativamente, e qualitativamente, ao mostrar que todas as coisas produzidas pelos trabalhadores também foram idealizadas por eles. Os burgueses pagam por esta idealização, como é feito pagamento para um engenheiro que bola um novo veículo, e etc.

Então os trabalhadores, fazendo uso da liberdade, votam no Partido seu defensor, no caso o PSOL. E uma vez que conquistou o poder dentro da democracia então o PSOL, com o poder na mão, diz para a burguesia: o que manda na nação são as leis elaboradas soberanamente pelas instituições democráticas, e elas nos confere agir de acordo nosso estatuto. Portanto a partir de hoje vocês não mais existem, a nação não mais precisa de vocês, porque foi decido POR MAIORIA que todas as empresas vossas serão estatizadas, passarão para o controle do estado operário.

Mas aí se esbarra em uma contradição: o PSOL não é um partido, mas um ovo. Um Partido-ovo. E este ovo está fecundado de Jesus. Mas Jesus não porta a liberdade com l minúsculo senão a liberdade com L maiúsculo. Hoje as ações e decisões são determinadas pela liberdade com l minúsculo, mas, se potencialmente ela carrega a possibilidade de ser transmudada na liberdade com L maiúsculo, a certeza mesmo, pois é um processo inserido no biológico, não será, pois, um novo tempo sobre si?

Então o quadro hoje é este, dum lado Jesus, do outro o PSOL, em oposição.

Como foi dito, por conta do biológico, ora, é certo que Jesus IRÁ CRESCER NO PSOL, em cada um dos seus militantes. E isto significa o que? Que mais e mais a liberdade com L maiúsculo irá expulsar para fora do PSOL a liberdade com l minúsculo.

E isto trás profundas mudanças. Se no PSOL liberdade com l minúsculo a luta de classe continuou, embora agora de forma mitigada, educada, respeitando e dentro das regras estabelecidas – ao contrário, portanto, da sua explicitude no marxismo – ora, ao ter incorporado em si a liberdade com L maiúsculo a luta de classe literalmente desapareceu para dar lugar a uma nova luta, Educação de Classe. O burguês será cada vez mais educado, e na medida do seu desenvolvimento então irão surgindo mudanças nas instituições de poder, cada vez mais sendo despotencializado de si a opressão.

Mas, o que difere a liberdade com L maiúsculo da liberdade com l minúsculo é que o conteúdo da liberdade com L maiúsculo é o amor, ao passo que o conteúdo da liberdade com l minúsculo é a sua ausência. Como o amor é o evangelho, isto significa dizer que os termos liberdade e igualdade se convertem nos termos Educação e Evangelho. Os termos enquanto verde é igualdade e liberdade, mas quando amadurecem então se manifestam em nova figura de espírito.

Então este segundo PSOL que emerge já é a construção do socialismo na ética e no amor evangélico. Já não nutre mais ódio e sentimento de vingança para com o burguês senão que se move em sentimentos de amor para com ele. Tem uma compreensão absoluta da História, dos seus sujeitos históricos, do papel que cada um desempenhou ao longo dos tempos. O capitalismo foi um momento necessário no processo, e por causa do estágio verde do espírito, fatalmente engendraria a família dos opressores. E essa compreensão, e saber que o espírito coletivo verde se encaminha para a sua existência madura, adulta, então o mesmo amor que tem para os oprimidos é agora o mesmo amor que tem para os opressores, pois que, se na vigência da liberdade com l minúsculo não se fazia separação entre o opressor e a opressão, consubstanciais, inseparáveis, de modo que o opressor existia por causa da opressão e a opressão existia por causa do opressor, agora, que o conceito de liberdade cresceu e encontrou seu ponto de fusão, emergindo na nova qualidade metafísica, já é feito separação. O reagente Evangelho os separou. E começa a trabalhar o homem burguês, que pouco a pouco vai percebendo em si esta separação. E a presença ativa do Evangelho nele começa a fazer com que ele mesmo trabalhe a superação do capitalismo. A mudança operada no seu ser por conta do Evangelho leva-o a querer a superação do capitalismo.

E isto leva a que? Primeiro, que os cristãos entrem e façam militância no PSOL. Lado a lado com os marxistas tradicionais. Lado a lado a liberdade com l minúsculo e a liberdade com L maiúsculo. Mas pouco a pouco o Cristo neles irá se passando para eles, o pinto crescendo no ovo, até que Jesus nasça totalmente neles. É este o momento em que o Absoluto decidiu chocar os ovos do PSOL, pôr em crescimento neles o Cristo oculto.

Segundo, que as lideranças do PSOL meditem nisto. E certamente que haverá os que meditarão. Muitos já carregam no seu ser a liberdade com L maiúsculo. Já palpita o seu nascimento em muitos. Na eleição passada quando Heloisa Helena disse que plano de partido era uma coisa e plano de governo outra já era a liberdade com L maiúsculo palpitando o seu nascimento, e a gritaria contrária a gritaria da liberdade com l minúsculo. O plano de partido tudo pode, porque é a fertilidade da mente e do coração, mas o plano de governo é na sua relação com a sociedade e com os poderes estabelecidos; é centro de forças se medindo com centros de forças, e é preciso sabedoria para atravessar este campo minado.

Então o Reino nasce a partir dos marxistas, os educando para que eles superem a burguesia PELA MESMA EDUCAÇÃO que os transformou. O Cristo passa a morar neles e deles a morar na burguesia, que quando o Cristo estiver em si em plenitude é porque já não mais é. Já não há mais explorados e nem exploradores senão uma única família, que trabalha e produzem todas as riquezas, e cada qual usufrui segundo as suas necessidades. Não as necessidades de um espírito enfermo que nada o satisfaz e tudo quer devorar, mas de um espírito totalmente espiritualizado, austero, comedido, que quer para si apenas o necessário. Um espírito que é fruto, pois, do casamento da Liberdade com L maiúsculo com a igualdade com I Maiúsculo.

Concluindo, então teria sido plano divino que o PSOL tivesse avançado para este novo e para este símbolo? A divindade o criou fecundando nele o Sol da Justiça, que é o Cristo da cruz? Destinavam-se ao Cristo da cruz porque tudo se destina a ele? Porque tudo se destina aos mansos que herdariam a terra, mansos estes que são os trabalhadores, e que nasceram dele? Os dois sois do Nando Reis cantado pela Cássia Eller, que foi lá fora e viu dois sois num dia, e a vida que ardia sem explicação, são mesmo o Sol da Justiça do profeta Malaquias e o PSOL? Em uma só unidade? OPSOL sendo o instrumento com o qual o Sol da Justiça chega trazendo cura em suas asas, não só para o Brasil, mas para a terra inteira, nas imagens amplificadas de Mateus, fazendo os justos brilhar tão claramente? (Naquele tempo, os justos brilharão tão claramente como o sol, no reino de seu Pai. Escute aquele que tem ouvidos, Mateus 13.43).

Parafraseando Lênin, que fazer? Se o PSOL trás oculto Jesus, embora os adversários do Reino irão negar, como negam tudo que vem de Deus, então a militância do PSOL tem de se encher de fé e esperança. E não temer nada. Mesmo que Plínio esteja lá embaixo na preferência popular, e já se diz que a eleição não terá segundo turno. Se o PSOL é realmente criação de Deus, e os indícios abundam, já saiu do ventre do PT, carregando a missão de superá-lo, para além da religiosidade judaica das Cebs e do agnosticismo marxista, agora também uma penetração na religiosidade cristã, a levantar por dentro as imensas massas pentecostais, estas sim portadoras da força e da disposição da luta?

Mais uma vez, parafraseando Lênin, que fazer? O caminho é um só, que a militância que se identificou com as propostas então ler o trabalho O FOGO DE DEUS EM ARAÇATUBA e rumar para esta cidade. E se juntar ao Edson Maciel – candidato a Federal e a ajudá-lo. Chegar em Araçatuba como quem vai acender um fogão de lenha. Queimando um graveto e com a sua chama ficar aquecendo a lenha, aquecendo, aquecendo, até que de repente se levanta uma grande labareda. Esta labareda é o acordar e o levantamento das grandes massas para o lado do Velhinho. E, porque tal é o relâmpago que é dito brilharia instantaneamente duma parte dos céus a sua outra parte, então o fogo de Deus em Araçatuba se expandindo na velocidade do relâmpago para todas as cidades do Brasil. E uma reviravolta acontecendo, com os últimos sendo os primeiros e os primeiros, últimos.

Destarte, os que leram o MANIFESTO ‘A ERA DE JESUS’ então rumarem para Araçatuba e ali montar o centro nacional. No lugar onde está o fogo de Deus. Por certo que no dia 12 de Outubro do ano de 2010 a Terra parará para presenciar um grande espetáculo: uma multidão imensa, incalculável, nas avenidas de Presidente Prudente, no lugar em que no apagar das luzes Ronaldo fez o gol que o reviveu, rumando para o Parque do Povo. Uma multidão incalculável, de católicos e de evangélicos, como foi o sonho narrado pela jovem Joseane no ano de 2003, na igreja pastoreada pelo pastor Luis Baldez, rumando na direção do Parque do Povo a se postar diante do grande palanque, que disse a jovem no sonho estava ocupado dos ministros da Palavra de Deus, padres e pastores. E a multidão ocupa a suas avenidas, batendo os seus tambores, agitando as suas bandeiras e cantando os mais belos cânticos, CORAÇÃO DE ESTUDANTE, ROSA DE HIROSHIMA, PRA DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES, ÁGUIA PEQUENA, QUÃO GRANDE ÉS TU, CASTELO FORTE, ORAÇÃO DA FAMÍLIA... E passa o caminhão levando os escolhidos de Deus, a começar na terra, a partir do Brasil, o governo de seu filho Jesus... E na frente de todos vão três jovens, um luterano e outra da Assembléia de Deus, e entre os dois um católico, da cidade de Santo Anastácio, os jovens com as mãos empurrando um carrinho que leva no seu dorso um grande livro aberto. E numa aba a inscrição: Liberdade com L maiúsculo, e na outra aba a inscrição: Igualdade com I maiúsculo. Sim, numa aba a inscrição: EDUCAÇÃO, e na outra aba a inscrição: EVANGELHO, que quer dizer, numa aba, AMAI A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS, e na outra aba, AMAI AO PRÓXIMO COMO A TI MESMO.

E os três jovens seguem pelas suas avenidas empurrando com as mãos o carrinho, e à sua direita e à sua esquerda, seis passos atrás, então seguem dois jovens montados em cavalos brancos. E no ombro levam uma bandeira seguindo pelas suas avenidas, com as bandeiras nos seus ombros não parando de girar e de exibir as suas figuras, face e face, no cavaleiro que vai à sua esquerda as faces de João XXIII e de John Wesley e no cavaleiro que vai à sua direita as faces de Che Guevara e de Francisco de Assis.

E seguem pelas suas avenidas, no cumprimento do grande sonho profético da jovem da igreja Nova Jerusalém que ela narrou na igreja Obras do Espírito... Obras do Espírito Santo... E atrás vem o caminhão trazendo os escolhidos de Deus, que ele elegeu, escolheu e preparou, e no meio deles, no seu centro, acenando para as multidões que não cansam de acenar para ele as suas bandeiras e as suas esperanças, o Velhinho, sim, aquela que obediente à lógica de marqueteiros e que se negou a comparecer ao Debate promovido pelas emissoras católicas, há de saber com quantos paus se faz uma canoa e qual o real sabor do fel.

E entram no Parque do Povo e vão se postar diante do grande palanque visto em sonho pela jovem Joseane, ocupado pelos ministros da Palavra de Deus. E abre-se a Arca do Pacto e de dentro dela são tirados as duas tábuas da lei, e o jarro com o maná, e o bastão florescido de Arão. E o jarro com o maná e o bastão florescido de Arão são postos nas mãos do Justo Juiz. Um em cada mão. Na palma da sua mão direita o jarro com o maná e na palma da sua mão esquerda o bastão florescido de Arão. Mas as duas tábuas da lei permanecem na mão do assistente. E o Justo Juiz com o jarro com o maná em na palma de sua mão direita e com o bastão florescido de Arão na palma de sua mão esquerda corre de um lado a outro do palanque, olhando a multidão que ocupa toda a extensão do Parque do Povo e as suas proximidades. E de repente ele diz: os marxistas e os da Teologia da Libertação à minha direita, e os evangélicos e os carismáticos à minha esquerda. E a multidão começa a se separar. Por fim dum lado ficam carismáticos e evangélicos e do outro, marxistas e teologia da libertação, separados por um corredor de trinta metros.

Olhando para fileira e fileira, correndo os olhos para as duas fileiras, e todos apreensivos, não tanto apreensivos os que estão à sua direita, por causa da profecia, então de repente o Justo Juiz se dirige aos que estão à sua esquerda e diz para os marxistas e a Teologia da Libertação: Vós sois os reis que haveriam de reinar os mil anos e a eternidade sem fim com o Cristo. Herdai o reino vos preparado desde a fundação do mundo, e recebeis a recompensa por teres me dado de comer, de beber, de vestir, me recebido hospitaleiramente quando era estrangeiro no meio de vós, e me ter visitado na prisão. Então toma o vaso com o maná em sua mão direita, cintilando o brilho das pedras preciosas, que há na coroa régia, e o coloca na mão dos filhos de Marx e nas mãos dos filhos de João XXIII, lhes dizendo: entrem no gozo do seu Senhor e na gerência do seu reino. E quando se abaixa e vai colocar o jarro com o maná na sua mão então o assistente com as duas tábuas na mão corre e diz para eles, como quem chama os noivos para a foto: recebam o vaso com o maná, mas olhando para as duas tábuas em minha mão, de cujo ventre saiu, e fazendo juramento com a mente e o coração. E eles recebem o vaso com o maná em sua mão olhando para as duas tábuas na mão do assistente.

Em seguida o Justo Juiz, com o bastão florescido de Arão na palma de sua mão esquerda se dirige para a fileira onde se acham os evangélicos e os carismáticos. E o pavor caiu sobre eles. Pois, deveras, começam a dizer entre si: por certo que vai quebrar o bastão florescido de Arão em nossa cabeça, e a cabeça que escapar dos seus golpes serão alcançadas pelos golpes das duas tábuas na mão do assistente (porque temiam pelas suas vidas por causa da profecia, todavia concebida distante da escatologia, quando tudo se achava sob domínio absoluto do teológico). E o Justo Juiz se dirige a eles, e lhes diz, então: Vós sois os sacerdotes que haveriam de reinar os mil anos e a eternidade sem fim com o Cristo. Herdai o reino vos preparado desde a fundação do mundo, e recebeis a recompensa por teres me dado o alimento, e a bebida e a veste, espirituais, e por teres me dado o asilo espiritual e por teres me visitado em minha prisão espiritual e teres deixado ali um consolo e uma esperança. Então toma o bastão florescido de Arão, com os seus botões e as suas flores, e as suas amêndoas maduras, cintilando o brilho das pedras preciosas, que há na coroa régia, e coloca-o em sua mão, sim, nas mãos dos evangélicos e dos carismáticos, lhes dizendo: entrem no gozo de seu Senhor e na gerência do seu reino. E quando se abaixa e vai colocar o bastão florescido de Arão na sua mão então o assistente os chama a receber o bastão, mas olhando para as duas tábuas em sua mão e jurando com a mente e o coração.

E quando estas coisas acabam de acontecer, e o Justo Juiz volta para o seu lugar, e se senta, eis que mãos bondosas vêm trazendo um casal de velhinhos. E eles caminham encurvados, cabelos brancos, muitas rugas, bem devagar, mal mudando os passos. E vão seguindo assim pelo corredor que havia entre as duas fileiras. E passando, eis que da fileira dos marxistas e da Teologia da Libertação, alguém ali que tinha a liberdade com l minúsculo, grita, apontando com o dedo para o velhinho e irado: Eia! Não é este velho que na sua mocidade nos oprimiu, e que nunca retirou o chicote de cima de nós? E quando ele dizia estas coisas na fileira dos evangélicos e dos carismáticos alguém notou algo diferente na velhinha ao seu lado: Eia! Não é esta velha que na sua mocidade nos fez dobrar o joelho, e que quando não fazíamos voltava contra nós o açoite? E aqueles que ainda não tinham recebido a liberdade com L maiúsculo e aqueles que não tinham recebido a igualdade com I maiúsculo falavam estas coisas e entre eles havia alvoroço e animosidade. Por fim se calaram, porque disseram entre si: por certo que estão sendo levados à presença do Justo Juiz para ouvirem a sua sentença: ó obreiros da iniqüidade, apartai-vos de mim, pois eu nunca vos conheci! E se consolavam com estas palavras.

E finalmente o casal de velhinho é levado à presença do Justo Juiz. E ele os beija ternamente e colocando a sua mão direita sobre o ombro do velhinho e a sua esquerda sobre o ombro da velhinha então se dirige à multidão no Parque do Povo em Presidente Prudente: eis aqui o vosso pai e a vossa mãe. E quando estiverem construindo a vossa casa grande, espaçosa, reservai no fundo um cantinho para eles. E ali os coloquei. E todos os dias levem a eles o alimento. E quando morrerem e forem sepultados então escrevei em sua campa, por cima, em letra dourado, que nunca se apagará: aqui jaz o meu pai e a minha mãe. Descansem em paz. Do teu filho e da tua filha, que não os esquecerá jamais, mas que aonde for os carregará consigo.

E neste momento caem todos os muros de Jericó, rente ao chão, já não mais havendo nem a liberdade com l minúsculo e nem a igualdade com i minúsculo, porque todos cresceram, amadureceram, se tornando à imagem e semelhança Daquele que os deu.

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